26 Abril 2024, Sexta-feira
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Professores em marcha até às portas da autarquia

Acção de protesto reforçou greve que decorre desde 6 de Janeiro e que não tem previsão para terminar

 

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“Professores a lutar também estão a ensinar”. Foi assim que a comunidade educativa da Escola Secundária de Palmela se fez ouvir, sexta-feira, 13, durante uma marcha lenta em defesa da escola pública, que teve como destino as portas da Câmara Municipal de Palmela. Os profissionais do sector da Educação não calam “descontentamento e revolta”.

José Seabra, professor de filosofia e porta-voz do movimento, disse a O SETUBALENSE que “em plenário” chegou-se à conclusão de que “professores, funcionários e até psicólogos se queixam do mesmo problema”. E revelou que foi criado um “fundo comunitário”, comparticipado pelos professores, para que a luta fosse acessível e comum a todos, sobretudo aos assistentes operacionais, de forma a que “se pudesse encerrar a escola por falta de profissionais”.

“Uma das queixas que temos tem a ver com aquilo a que se chama municipalização [de recrutamento de docentes]”, justificou o professor quanto aos objectivos do protesto, sem deixar de mencionar “o problema de fundo que existe a nível de recursos humanos”, a acrescentar à estagnação da progressão de carreira, que é feita, actualmente, através de uma avaliação de desempenho, com um “sistema falseado” devido à “existência de quotas”.

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Todas as alterações na Educação, consideradas “uma falta de respeito” e um “insulto”, ressalva o professor, contribuem para a “pouca atractividade actual em seguir na profissão” que está “degradada”.

Quanto à “municipalização”, José Seabra considera que a transferência de competências vai “tapar buracos” ao invés de contribuir para “a ambição de entrar nos quadros de uma escola”, concluindo ter sido a “última gota de água” para a revolta face aos problemas acumulados e insatisfações da comunidade educativa.

Os manifestantes foram recebidos nos Paços do Concelho pelo presidente da Câmara, Álvaro Amaro, que se mostrou sensibilizado pela iniciativa e consciente de que este movimento está a ser sentido fortemente por toda a comunidade em geral. O autarca revelou a O SETUBALENSE que o município “nunca defendeu” a transferência de competências no sector da Educação e que “resistiu até ser obrigado” a adoptar esta responsabilidade.

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Desde 6 de Janeiro que a Secundária de Palmela se encontra em greve, com os professores a comparecem no estabelecimento, mas sem leccionarem, deixando mais de mil alunos sem aulas. Não há, até ao momento, apurou O SETUBALENSE, previsão para o fim desta greve.

Setúbal Fecho de escolas em perspectiva esta semana

À semelhança de Palmela, também em Setúbal perspectiva-se o fecho de escolas durante esta semana. Elementos de várias estabelecimentos de ensino do concelho, durante os momentos de plenário, greve e protesto, confirmaram a O SETUBALENSE que “não iriam garantir o funcionamento das escolas”, não existindo assim uma data definida para o final das reivindicações. Seja por acções independentes ou sindicais, os estabelecimentos de ensino têm interrompido os períodos de aulas de milhares de alunos, que, em conjunto com os próprios encarregados de educação, se têm juntado à causa.

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