Autarquia acerta estratégia com a ARSLVT, como havia feito para a USF de Pinhal Novo. Expectativa de lançar a obra até final de 2022
A futura Unidade de Saúde Familiar (USF) de Quinta do Anjo, reivindicada há vários anos, ficou agora muito mais perto de se tornar realidade. “Se tudo correr bem, até final de 2022 temos de começar a ter projecto e as condições para lançar a empreitada. Mas para isso terá de haver garantia de financiamento”, diz o presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro.
Isto depois de a autarquia ter decidido, por unanimidade, no passado dia 2, celebrar um protocolo de colaboração com a Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo (ARSLVT) para a construção do equipamento na Avenida Dr. Matos Fortuna, em terreno cedido pelo município. “Para já, é a assumpção de um compromisso conjunto e iremos começar de imediato a trabalhar no programa funcional tipo 4, que procurará dar resposta a 14 mil utentes”, frisa o autarca, ao mesmo tempo que sublinha: “Estamos a preparar o futuro e é muito gratificante conseguir já este compromisso, tendo o município identificado e a ARSLVT concordado que [este investimento] é uma das principais necessidades a incluir no Plano de Recuperação e Resiliência.”
O acordo agora conseguido com a tutela – facilitado pela “boa experiência” entre as duas entidades na recente construção da USF de Pinhal Novo – “insere-se numa estratégia municipal que tem procurado responder às necessidades sentidas na área da saúde”, lembra Álvaro Amaro. E representa um duplo reconhecimento por parte da tutela: “O da justeza da nossa reivindicação e o da capacidade do município para desenvolver, implementar, estes equipamentos.” Uma capacidade que tem sido elogiada pela ARSLVT quer pela “postura do município no processo da USF de Pinhal Novo” quer pela dinâmica apresentada no “combate à covid-19”.
A nova USF de Quinta do Anjo deverá implicar também “um aumento de recursos humanos, profissionais de saúde”, considera o presidente da autarquia, que diz estar em contacto praticamente diário com o director do ACES Arrábida, face ao actual funcionamento das outras extensões de saúde existentes no concelho.
“Embora compreenda que o processo da vacinação [contra a covid-19] afecte grande parte dos recursos, temos de arranjar solução para manter uma resposta essencial e satisfatória dos centros de saúde. Não é admissível as pessoas terem de fazer fila às quatro da manhã para marcarem consultas. É de esperar agora um retorno às consultas regulares”, revela, a concluir.
