Eventos fazem rumar ao concelho milhares de visitantes ao longo do ano, com especial destaque para os meses de Abril e Setembro

 

Odemira caracteriza-se por ser um concelho que ‘transborda’ cultura, aliada à tradição. Tal é perceptível na quantidade de festas, feiras e festivais que marcam a agenda cultural do concelho e que fazem as delícias dos moradores, assim como atraem ao território, ao longo do ano, milhares de visitantes de todas as idades.

Além das datas festivas que são comuns aos vários concelhos – como o feriado municipal, que no caso de Odemira é celebrado a 8 de Setembro, o Carnaval, as Marchas Populares ou as actividades associadas ao Natal –, a programação é marcada por eventos que movem multidões, como o MEO Sudoeste.

Enquanto os meses de Abril e Setembro marcam especialmente o calendário, com actividades que celebram “a liberdade” e convidam a “uma imersão cultural”, é ainda disponibilizado cinema, teatro e música – e não só – nos vários equipamentos, como o Cineteatro Camacho Costa ou o Centro de Valorização da Viola Campaniça e do Cante de Improviso, todo o ano.

Sem esquecer as celebrações tradicionais – onde se inserem as Festas de Nossa Senhora da Piedade -, passando por eventos que se distinguem pela diferença, como o Odemira Recorda Amália, há espaço para iniciativas que enaltecem Odemira como destino turístico (FEITUR) ou que se transformam numa autêntica “mostra das capacidades do território” (FACECO).

O concelho é igualmente palco das Festas de Maio, da Feira do Livro Entre Margens, que prevê ainda a realização dos Encontros Literários do Alentejo, e dos festivais Terras Sem Sombra e Danças da Terra – que inclui o encontro de folclore e traz ao concelho danças do mundo.

Quanto à tradição gastronómica, esta é celebrada através das semanas temáticas, dedicadas ao medronho e mel, ao peixe, marisco e até ao polvo, assim como da iniciativa Sonoridade e Sabores, em que, de Outubro a Janeiro, “os melhores petiscos e pratos da região são acompanhados pelo cante ao baldão, viola campaniça, a acordeonistas e música tradicional”.

 

Festival convida multidões a rumar à Zambujeira do Mar no Verão

AS típicas noites de Verão, que, por si só, são já convidativas, aliadas aos artistas de renome que pisam anualmente o palco principal, fazem do MEO Sudoeste um dos maiores e mais importantes festivais em Portugal. Do reggae ao rock, sem esquecer a música electrónica, são vários os estilos musicais que têm passado pela Herdade da Casa Branca, perto da Zambujeira do Mar.

Realizado desde 1997, o festival que faz rumar multidões a território odemirense é organizado pela Música no Coração e tem actualmente uma duração de quatro dias. Segundo o presidente da câmara, “Odemira convive perfeitamente com o MEO Sudoeste”.

“Se nas primeiras edições o concelho não estava preparado para a “avalanche” de festivaleiros, nos dias de hoje e, com a alteração do público-alvo do festival, pode-se afirmar que acontece uma simbiose tranquila”, frisou Hélder Guerreiro

Actividades culturais e económicas ‘expostas’

Eencarado como “o grande certame de Odemira”. Durante três dias, no mês de Julho, as actividades culturais e económicas odemirenses são o centro das atenções da FACECO, encontrando-se ‘expostas’ através das centenas de expositores que enchem o Parque de Feiras e Exposições de São Teotónio. Este ano, na 31.ª edição da FACECO – Feira das Actividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, foram contabilizadas mais de 30 mil entradas, com a sua realização a representar um investimento de perto de 290 mil euros.

Para estes resultados contribui não só o programa musical, que em 2023 contou com nomes como Sara Correia, TAXI e Dino D’Santiago, assim como a presença do sector pecuário, artesanato, gastronomia e turismo. O certame é igualmente marcado pela realização de workshops, animação de rua, showcookings e da entrega do Prémio Espírito Empreendedor

Liberdade celebrada com “sentimento e paixão” e muita música

“Todos os que escolhem Odemira para celebrar a liberdade, aqui vivem momentos únicos de confraternização e comemoração”. É desta forma que o município convida a viver o Abril em Odemira, evento que se comemora desde 1979 e que pretende celebrar a liberdade e justiça “com sentimento e paixão”, culminando com “uma festa inesquecível”.

Para tal, oferece anualmente um “programa cultural diversificado”, que se desenrola em diferentes espaços da vila, aos quais leva muita música, e que inclui as comemorações associadas ao Dia Nacional dos Moinhos e ao Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.

Além disso, é também durante o quatro mês do ano que se realiza o Encontro de Grupos Corais de Odemira, no Cineteatro Camacho Costa, assim como o Abril Leituras Mil, no qual a Biblioteca Municipal José Saramago e as escolas do concelho incentivam à leitura.

Rainha do Fado homenageada em Outubro na casa de férias no Brejão

Em Outubro, todos os caminhos vão dar ao Brejão, localidade onde se encontra a herdade na qual Amália Rodrigues e o marido, César Seabra, se refugiaram de férias durante cerca de três décadas e que é actualmente utilizada para homenagear a Rainha do Fado.

No Odemira Recorda Amália, evento simbólico promovido pela Fundação Amália e pela Câmara de Odemira, é celebrada a vida e obra de Amália Rodrigues, através da realização de diversas actividades dedicadas à fadista e ao fado.

Em edições anteriores têm sido efectuadas visitas guiadas à casa de férias de Amália Rodrigues, na freguesia de São Teotónio, celebradas missas e realizados espectáculos de fado.

Junto à herdade surge a Praia Amália, assim apelidada depois de a fadista ceder, “através da sua propriedade, acesso público” à zona balnear, o que demonstra, segundo a fundação, a “alma generosa, inclusiva e solidária” de Amália Rodrigues.

 

Música ‘invade’ quintais e convida todos a entrar

O festival Quintais Adentro procura demarca-se dos restantes pela diferença. É que, como o próprio nome indica, a música ‘pede licença’ e surge “quintais adentro”, deixando os portões abertos para que todos,csem excepção, se sintam convidados a entrar.

Trata-se de uma iniciativa criada com o intuito de “enriquecer a programação musical da região” ecque foi este ano, no passado mês de Maio, organizada pela primeira vez, com os espectáculos a aconteceremcem quintais, “públicos ou privados, maiores ou menores”.

Nesta primeira edição foram ocupados os ‘quintais’ do Ateneu do Catorze, do Quintal da Música e do Centro de Valorização da Viola Campaniça e Cante de Improviso. Com produção da associação Bazarulho, o festival resulta de uma parceria com a Câmara Municipal de Odemira, o Ateneu do Catorze e a Junta de Freguesia de São Martinho das Amoreiras.

“O” mês da cultura chega com ‘mão cheia’ de eventos

Setembro traz consigo uma ‘mão cheia’ de eventos diferentes e de enorme importância para o território, sendo reconhecido como “o” mês da cultura em Odemira.

Através da iniciativa “Setembro, uma imersão cultural”, a autarquia descentraliza a programação cultural por todo o concelho, num programa que inclui o feriado municipal, o aniversário da Biblioteca Municipal José Saramago, que celebra 23 anos, e o simpósio internacional de escultura – que reúne artistas plásticos de diferentes nacionalidades.

Entre os eventos únicos reservados para este mês estão ainda os festivais de Teatro Amador de Odemira, Sete Sóis Sete Luas e Tazz Jazz, passando ainda pelas Jornadas Europeias do Património. Além disso, não fi cam de fora as Festas em Honra de Nossa Senhora da Piedade, tradição antiga da vila que mobiliza os odemirenses a prestarem homenagem à padroeira da terra.