PSD pede demissão da comissão executiva da Área Metropolitana de Lisboa

PSD pede demissão da comissão executiva da Área Metropolitana de Lisboa

PSD pede demissão da comissão executiva da Área Metropolitana de Lisboa

Transportes no ‘olho do furacão’. Social-democratas apresentam hoje moção de censura na Assembleia Municipal. E esperam ser seguidos noutros concelhos

 

A bancada do PSD vai apresentar, na sessão da Assembleia Municipal do Montijo que se realiza hoje, 2, a partir das 21 horas, uma moção de censura política à comissão executiva da Área Metropolitana de Lisboa (AML). Os social-democratas vão “pedir a cabe ça” de Carlos Humberto, 1.º secretá rio metropolitano, e dos restantes membros que compõem o órgão executivo, “pelas deficiências de resposta da Carris Metropolitana”.

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Mesmo que venha a ser aprova do, o documento “não tem carácter vinculativo, apenas político”, lembra João Afonso, presidente da comissão política da secção do Montijo do PSD e vereador na Câmara Municipal. Mas poderá representar o “pontapé de saí da” para uma posição conjunta na Pe nínsula de Setúbal, “caso a maioria das outras assembleias municipais decidam acompanhar” a pretensão social-demo crata que “também deverá ser apre sentada pelo partido” nesses órgãos deliberativos, antecipa o responsável laranja.

“E se a maioria das assembleias municipais assim o entender, então não deverá restar à comissão executiva da AML outra alternativa que não seja a demissão”, perspectiva. Para já, o líder dos social-democra tas confessa-se expectante sobre o resultado da votação dos partidos com assento no órgão deliberativo do Montijo.

“Vamos ver o que a CDU vai fazer. Se vai defender a camisola política de Carlos Humberto, que é da mesma cor, ou se vai estar do lado das pessoas. Mas não acredito que votem Pedro Vieira deverá apresentar a moção a pedir a demissão de Carlos Humberto RAFAEL LIMA a favor. No máximo podem abster-se”, comenta, a pouco mais de 24 horas do início da reunião da Assembleia Mu nicipal. E adianta: “A grande dúvida prende-se com o posicionamento do PS. Vai estar do lado das pessoas ou votar pelo lado político?”

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Certezas só mais logo ou, o mais tardar, na próxima segunda-feira, se a moção não chegar a ser votada hoje na circunstância de os trabalhos se rem suspensos e retomados no início da semana.

O que diz a moção

De acordo com a moção, a que O SETUBALENSE teve acesso, o PSD propõe no primeiro ponto que a As sembleia Municipal censure “politica mente a comissão executiva metropolitana encabeçada pelo 1.º secretá rio metropolitano, Carlos Humberto de Carvalho, pelas deficiências de resposta da Carris Metropolitana”.

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No segundo ponto do documento, os social-democratas defendem que o órgão deliberativo do Montijo “inste a que o Conselho Metropolitano da AML, no exercício das suas competências […] e na defesa dos interesses dos seus mu nícipes, delibere sobre a demissão da comissão executiva da AML”.

Nos considerandos, o PSD alega “a incapacidade política demonstrada pelo actual executivo da AML, que não consegue gerir as competências que lhe foram atribuídas em matéria de mobilidade e transportes”, assim como a “necessidade de ‘virar a pá gina’”, uma vez que “só com novos protagonistas será possível salvar a reputação e credibilizar da Carris Metropolitana e da AML”.

A moção vai, para já, ao encontro dos anseios do CDS-PP, que na audi ção a Carlos Humberto em reunião ex traordinária da Assembleia Municipal, realizada em Outubro passado, já ha via pedido a demissão do 1.º secretário metropolitano. Na altura a resposta de Carlos Humberto foi tão peremp tória quanto contundente.

“Sabe por que é que não me demito? Não tem suficiente inteligência para chegar aí. Não me demito porque acho que estou a cumprir com as minhas obriga ções e as minhas responsabilidades”, retorquiu então Carlos Humberto ao centrista Carlos Ferreira.

A Assembleia Municipal do Monti jo é composta por sete membros do PS, sete eleitos por PSD/CDS/Aliança, quatro da CDU, um do Chega, um do BE e um da IL, aos quais se somam os cinco presidentes de junta por ine rência (quatro do PS e um da CDU).

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