A Assembleia Municipal do Montijo, presidida por Maria Amélia Antunes, acaba de distinguir todos os antigos presidentes do órgão autárquico, entre 1976 e 2013, em cerimónia realizada no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida.
No âmbito das comemorações dos 40 anos das primeiras eleições livres e democráticas para os municípios e freguesias, a iniciativa serviu para homenagear 11 antigos autarcas: Avelino José Rocha Barbosa (título póstumo); Jorge Luís Vargas Bentes Franco; Natalino Varela Alves; Rogério dos Reis Neves; Jacinto José da Cruz Ramalho; Joaquim Sérgio Ferreira Pinto (título póstumo); João José Cardoso; Jorge Manuel Rosado Marques Peixinho (título póstumo); António Isidro Carrilho Paracana; Miguel José Tavares Cardoso; e Amândio José Correia de Carvalho.
Foram distinguidos com a atribuição de uma escultura da autoria da artista Maria José Brito. Uma réplica em miniatura do monumento das Portas da Cidade, que, segundo a autora, pode ser vista também como um “livro aberto” ao mesmo tempo que sublinha o ADN da comunidade montijense: o saber acolher como cidade de portas abertas que é.
No uso da palavra, os distinguidos ou aqueles que os representaram dissertaram um pouco sobre o exercício autárquico num período difícil, quando o 25 de Abril ainda era recém-nascido, e depois mais juvenil, elogiando ainda a iniciativa que, ao fim de 40 anos, veio permitir dignificar aqueles que são muitas vezes vistos como os parentes pobres entre autarcas.
Curiosidade: três dos antigos autarcas ficaram a saber que eram todos oriundos de Silves, sendo que os três representaram três forças políticas diferentes.
O homenageado João José Cardoso não esteve presente, tendo informado antecipadamente a impossibilidade de poder participar na cerimónia, acabando assim por ser o único que não recebeu a simbólica escultura de homenagem.
Após a homenagem, a cerimónia prosseguiu com as intervenções de representantes dos grupos partidários com assento na Assembleia Municipal. Os deputados municipais Avelino Antunes (CDU) e Filipa Mota (PSD) apresentaram os discursos mais duros tendo como destinatário o presidente da Câmara, Nuno Canta. A social-democrata revelou mesmo que a democracia, no actual mandato, tem andado arredada do Montijo, acusando a gestão camarária socialista de não respeitar o estatuto da oposição.
Uma visão diferente da apresentada em discurso pelo presidente da Câmara. Nuno Canta salientou as políticas de “sucesso” do PS, lembrando que Montijo foi eleito em 2011 o município mais atractivo de Portugal continental.
Maria Amélia Antunes, presidente da Assembleia Municipal do Montijo, encerrou a cerimónia.
A autarca realçou o papel de todos os autarcas de todos os partidos políticos que contribuíram para melhorar a qualidade de vida no Montijo, que, destacou, “mudou para melhor”.
Seguiu-se um apontamento musical levado a efeito por músicos do CRAM.