Informação foi transmitida a Maria Clara Silva, que se reuniu com a administração da empresa concessionária das travessias rodoviárias sobre o Tejo
A construção de um novo acesso à Ponte Vasco da Gama, para descongestionar o trânsito automóvel no Montijo, está refém de um acordo entre o Governo e a Lusoponte. Isto, porque a Lusoponte, que é a concessionária das duas pontes que ligam as margens do Tejo, só está disposta a avançar com o investimento caso a tutela aceite prorrogar o prazo de concessão que termina em 2030.
A informação foi avançada por Maria Clara Silva, presidente da Câmara Municipal do Montijo, durante a reunião do executivo na quarta-feira passada. “A Lusoponte propôs uma prorrogação do prazo ao Governo, não de muito tempo, mas com essa prorrogação faziam a obra”, disse a socialista, que reuniu-se na última segunda-feira com a administração daquela empresa, a fim de vincar a necessidade de “serem construídos vários acessos à Ponte Vasco da Gama”.
“Fui informada de que existe um projecto nesse sentido, cujo desenvolvimento se torna particularmente crítico com a possibilidade de aumento do tráfego que a construção do novo aeroporto certamente trará. Fui, também, informada de que a Lusoponte, enquanto concessionária, tem condições para executar esse projecto, sem dificuldades maiores, se tal for acordado com o Governo”, revelou.
A presidente da autarquia adiantou ainda que já solicitou “uma reunião ao ministro [das Infraestruturas]” para discutir não só esta situação como também a questão em torno da construção de uma variante à Atalaia, cuja obra está para ser lançada, mas que no formato em que está desenhada – sem passar pela localidade – não resolverá constrangimentos de trânsito. “Aguardamos agora que [a reunião com o ministro] seja agendada”, juntou a edil.
Na informação transmitida ao executivo municipal, Clara Silva frisou que a gestão socialista vai agora insistir na reivindicação de soluções junto do Governo.