O preço das tarifas de recolha de resíduos sólidos urbanos em 2021, no concelho do Montijo, vai manter-se igual ao do ano passado. O executivo camarário presidido por Nuno Canta decidiu, na reunião pública do passado dia 6, não actualizar o custo da factura da água e resíduos.
A medida excepcional recebeu “parecer positivo da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR)” e visa atenuar os efeitos da crise económica e social provocada pela pandemia. “Estar agora a sobrecarregar as famílias e as empresas seria penoso, face a esta conjuntura”, disse Nuno Canta.
O autarca sublinhou ainda que a tarifa de recolha de resíduos cobrada no Montijo já representa “92% do custo real do serviço”, ou seja os munícipes ainda estão a pagar “8% abaixo” do verdadeiro preço.
As novas actualizações dos referidos tarifários, conforme determinado no estudo de viabilidade económica e financeira aprovado pelos órgãos municipais, “ficará para anos subsequentes”, adiantou o autarca socialista.
A CDU, pela voz do vereador Carlos Jorge de Almeida, apoiou a medida e voltou a defender que a lei prevê soluções como a que acabara de ser aprovada, numa crítica à maioria PS por não ter adoptado essa posição no ano anterior. O comunista citou Teixeira Ribeiro para sublinhar que “a prestação de serviços e produção de bens pode, desde que se justifique, ir abaixo do preço de custo, o qual pode ser compensado por outros meios”.