Ministro da Defesa admite ‘constrangimentos’ se aeroporto aterrar no Montijo

Ministro da Defesa admite ‘constrangimentos’ se aeroporto aterrar no Montijo

Ministro da Defesa admite ‘constrangimentos’ se aeroporto aterrar no Montijo

O governante adiantou também que os estudos apontam para que o Campo de Tiro de Alcochete possa ser alterado mas não desactivado

O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, admitiu hoje, 18, “constrangimentos significativos” para a operação da Força Aérea caso se concretize a construção de uma pista civil na base militar do Montijo.

Questionado pelos deputados do PSD e CDS-PP na comissão parlamentar de Defesa, o governante recusou que seja a Força Aérea a suportar os custos da eventual transferência do dispositivo e adiantou que os estudos apontam para que o Campo de Tiro de Alcochete possa ser alterado mas não desactivado.

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Azeredo Lopes começou por admitir que a eventual concretização de uma pista complementar ao aeroporto da Portela na base militar do Montijo implicará “constrangimentos significativos” para a operação da Força Aérea.

O grupo de trabalho, no qual está representado o ramo, e as conclusões preliminares dos diferentes estudos promovidos “apontam para que de facto o Montijo é uma opção privilegiada para efeitos de futura decisão”, disse.

«A condição prévia é que qualquer que seja a decisão e o seu modo de execução fique sempre salvaguardada a operação da Força Aérea»

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O governante frisou que não lhe cabe contestar o “interesse nacional que é a necessidade de prever uma instalação alternativa à Portela” mas, frisou, “há outro interesse nacional que é a salvaguarda da operação da Força Aérea”.

“A condição prévia é que qualquer que seja a decisão e o seu modo de execução fique sempre salvaguardada a operação da Força Aérea, qualquer que seja a opção para a coexistência civil/militar”, defendeu.

“Não pode ser a Força Aérea a suportar custos de transferência”

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Azeredo Lopes vincou de seguida que, “como é natural, não pode ser a Força Aérea a assumir os custos da transferência”. Esses custos, acrescentou, deverão ser no entanto “muito inferiores” ao valor de 400 milhões de euros que disse “circular por aí” sem qualquer documento que o sustente.

Aliás, reforçou, os custos estimados inicialmente presumiam o fim do Campo de Tiro de Alcochete e, neste momento, “não é isso que está a ser ponderado”.

O ministro precisou depois, em declarações aos jornalistas, que os estudos sobre a instalação de uma pista complementar ao aeroporto da Portela na Base Aérea n.º 6, no Montijo, apontam para “uma ligeira modificação quanto à orientação” do campo mas não o seu fim. Perante os deputados, sublinhou ainda que terão de ser ponderados não só “os constrangimentos quanto à preservação do que existe mas também quanto ao plano de investimentos que estava a ser preparado”, nomeadamente o processo de aquisição de um avião de transporte.

DIÁRIO DA REGIÃO com Lusa
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