Obra representa investimento de cerca de 2,6 milhões de euros e vai ter capacidade para acolher 30 pessoas. Sonho ganha forma
Vai chamar-se “Casa do Moinho” e representa um investimento de quase 2,6 milhões de euros. A obra do futuro lar residencial para pessoas com deficiência da CERCIMA está no terreno desde o passado dia 12 e, na última terça-feira, a instituição cumpriu o acto simbólico de lançamento da 1.ª pedra.
O equipamento – primeiro do género a nascer nos concelhos de Montijo e Alcochete – vai ter uma “capacidade de acolhimento com 30 camas, uma sala polivalente, uma sala de terapias e uma sala de convívio/refeições”, distribuídas por um único piso, apurou O SETUBALENSE junto da instituição. O valor da obra ascende a “2 milhões 597 mil e 582 euros”. Mas, a CERCIMA contou com um “financiamento de 997 mil e 340 euros” ao abrigo do PARES e tem ainda a expectativa de poder vir a beneficiar de “mais 20% desse montante de acordo com a Portaria n.º 427/2023 de 11 de Dezembro”.
Na cerimónia de terça-feira, Cristina Dias, presidente da CERCIMA, realçou a importância da concretização de um projecto há muito sonhado. “Há muitos anos que estamos à espera desta resposta. Ainda não é uma resposta, é um tijolo, mas não podemos deixar de assinalar este acto porque é para eles, é para uma sociedade mais justa e é um marco para a nossa organização”, disse a responsável, ao mesmo tempo que mostrou confiança no futuro. “Foi um grande desafio até agora e vai ser maior ainda com todas as complexidades que estas obras têm, mas com força, determinação e muito trabalho, características desta organização, vai ser alcançado”, frisou.
Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, reforçou a ideia de sonho transmitida por Cristina Dias e salientou o alcance da obra. “É mais do que uma resposta social, é mais do que uma obra entre Montijo e Alcochete, é o procurar estarmos todos aqui a dar as mãos solidariamente, criarmos um futuro para estas famílias e podermos responder com dignidade e solidariedade às famílias dos rapazes e raparigas que têm uma forma de estar na vida diferente”, considerou o autarca, antes de enaltecer a cooperação e resiliência de todos os envolvidos no projecto. “Agradecemos a todos aqueles que nunca desistiram e conseguiram juntar duas coisas, o terreno, que é municipal e está ao serviço de todos, e o financiamento para se fazer a obra.”
Além de Cristina Dias e Nuno Canta, a cerimónia contou com as presenças de Luísa Malhó, directora do Centro Distrital de Setúbal da Segurança Social, Maria Clara Silva, vice-presidente da Câmara do Montijo, Fernando Caria, presidente da Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro, Pedro Lavrado, vereador na Câmara Municipal de Alcochete, Leonel Fina, presidente da Junta de Freguesia de Samouco, e João Santos, presidente da Junta de Freguesia de São Francisco.