Concelhia do Montijo defende que esta prática “viola claramente o princípio da isenção ideológica, ao qual devem obedecer todos os espaços institucionais dos órgãos públicos”
A bandeira LGBTQ+ voltou a ser hasteada, no passado dia 17, no edifício dos Paços do Concelho e a concelhia do Montijo do Chega já veio a terreiro repudiar o acto e criticar a gestão socialista da autarquia.
Em comunicado, a estrutura local do Chega considera que “o edifício institucional que acolhe a actividade política da Câmara Municipal do Montijo não deve associar-se a bandeiras ou símbolos que representem ideologias ou movimentos ideológicos”. Até porque, defende, a prática em questão “viola claramente o princípio da isenção ideológica, ao qual devem obedecer todos os espaços institucionais dos órgãos públicos”.
Citado no mesmo documento, Nuno Valente, coordenador do Chega Montijo, explica a posição da estrutura partidária. “Não se trata de julgar as opções sexuais de ninguém. Vivemos num País livre, tolerante e onde os direitos de todos são respeitados. Trata-se, acima de tudo, de uma questão de bom-senso e de respeito por espaços que devem ser ideologicamente neutros, onde a bandeira de Portugal deveria estar permanentemente hasteada”, diz o responsável.
Ao mesmo tempo, a concelhia do Chega faz notar que as preocupações da gestão socialista deviam ser outras. “O executivo municipal devia preocupar-se, sim, com problemas como a insegurança, as estradas esburacadas, as escolas degradadas, a falta de apoio aos nossos empresários”, atira, a concluir.
O SETUBALENSE solicitou uma reacção à Câmara Municipal, que, até ao ao momento, não respondeu.