Chega conquista Montijo perante PS humilhado com o pior resultado do distrito

Chega conquista Montijo perante PS humilhado com o pior resultado do distrito

Chega conquista Montijo perante PS humilhado com o pior resultado do distrito

Partido de André Ventura venceu em quatro das cinco freguesias. AD galgou para o segundo lugar. Pesadelo socialista só não passou por Canha

O Chega passou de segunda para primeira força política no concelho do Montijo nas legislativas de domingo passado, fruto de um triunfo que se traduziu ainda no segundo melhor resultado do partido no distrito de Setúbal.

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O partido de André Ventura destronou da liderança o PS, que, em sentido inverso, registou neste território o seu pior resultado em todo o distrito.

O Chega venceu no concelho montijense com 9 053 votos (31,41%), quando nas eleições do ano anterior havia obtido 7 883 (24,80%), o que representa um aumento de 1 170 votos, traduzido por um crescimento de 6,61% (o terceiro maior do partido, em termos percentuais, no distrito).

De resto, o Chega conseguiu manter a única freguesia que tinha vencido no concelho em 2024 (Pegões), ao mesmo tempo que “roubou” aos socialistas a liderança em três outras freguesias: Montijo/Afonsoeiro; Sarilhos Grandes; e Atalaia/Alto Estanqueiro-Jardia (a excepção foi Canha, que permaneceu nas mãos do PS).

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Quem também ultrapassou o PS foi a AD, formada por PSD e CDS, que passou de terceira para segunda força mais votada. A AD registou 6 835 votos (23,72%), mais 754 do que no último ano, quando social-democratas e centristas (então também com o contributo do PPM) conseguiram 6 801 votos (20,79%). Montijo/Afonsoeiro, Atalaia/Alto Estanqueiro-Jardia e Pegões foram as freguesias onde a AD agora ficou à frente de um PS, que, em termos de votação global no concelho, caiu do primeiro para o terceiro lugar.

A derrocada socialista traduziu-se na perda de 1 921 votos. Em 2024, o PS tinha alcançado 7 883 votos (26,95%) e agora quedou-se pelos 5 962 (20,69%), o equivalente a uma diminuição de 6,26%. O único ponto positivo no meio do pesadelo eleitoral do PS, no concelho, foi marcado em Canha, com a manutenção da liderança nesta freguesia. Ainda assim, insuficiente para maquilhar a hecatombe que sofreu no território montijense. É que, à partida para estas legislativas, o PS apresentava-se como força mais votada no concelho e em quatro das cinco freguesias que o compõem. E, no final, acabou por cair para o 3.º lugar, em termos globais, ao ser ultrapassado por Chega e AD em três freguesias (salvou-se Canha, a que se juntou humilhação ligeiramente menor em Sarilhos Grandes, onde foi o segundo partido mais votado).

A viragem à direita no concelho foi ainda consolidada pelo crescimento residual da IL, que se manteve quarta força mais votada. Os liberais somaram 1 989 votos (6,90%), mais 88 do que no ano anterior.

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Já o Livre, único partido que à esquerda cresceu no concelho (tal como no distrito e no País), galgou da sétima para a quinta posição (deixou para trás CDU e BE), ao passar dos 1 073 votos (3,67%) conquistados em 2024 para os 1 514 (5,25%) agora registados.

Entre CDU e BE, foram os bloquistas a sentir a queda mais vertiginosa. A CDU baixou dos 1 286 votos (4,40%) para os 1 119 (3,88%), porém, ultrapassou o BE, que sofreu uma perda de votação mais acentuada. Os bloquistas baixaram de quinta para sétima força no concelho, ao obterem apenas 616 votos (2,14%), o que representou uma perda de mais de metade da votação alcançada no ano anterior (em 2024, haviam averbado 1 558 votos).

Votaram no concelho montijense 28 820 eleitores de um total de 44 889 inscritos, o que se traduziu numa abstenção de 35,80%.

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