Câmara fecha 2020 com saldo orçamental de 11,3 milhões

Câmara fecha 2020 com saldo orçamental de 11,3 milhões

Câmara fecha 2020 com saldo orçamental de 11,3 milhões

Resultado líquido positivo foi de 364 mil euros. Taxas de execução de 97% (receita) e 79% (despesa). Dívida abatida

 

A Câmara Municipal do Montijo fechou 2020 com um saldo de execução orçamental de 11,3 milhões de euros e um resultado líquido positivo superior a 364 mil euros. Os números vertidos na prestação de contas apresentada na reunião do executivo, na passada quarta-feira, foram aprovados com os votos da maioria socialista e duas abstenções da CDU – o vereador do PSD falhou a sessão por motivos de saúde e não foi substituído.

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A taxa de execução da receita foi de 97%, o equivalente a um valor de 42,9 milhões de euros, ao passo que do lado da despesa a execução ficou-se pelos 79%, o que representa um montante de 34,9 milhões de euros.

A dívida da autarquia, em 31 de Dezembro de 2020, situava-se em 3,2 milhões de euros, amortizada que foi no último ano em mais de 928 mil euros. E a capacidade de endividamento do município é agora de 46,1 milhões de euros. A edilidade pode assim recorrer a um crédito bancário no valor de 9,2 milhões de euros.

“Mesmo com a crise pandémica as contas comprovam o bom governo do Montijo”, disse Nuno Canta, presidente da Câmara, durante a apresentação do documento, ao mesmo tempo que alertou para o facto de os números terem sido “influenciados” pela implementação nas autarquias de “um novo sistema contabilístico”.

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O autarca, que enumerou um conjunto de obras realizadas no exercício do ano passado, destacou ainda o registo dos bens do domínio público e privado do município que foi finalizado e que levou a “um aumento líquido dos activos fixos tangíveis em 143,4 milhões de euros”.

Também aprovadas com o mesmo sentido de voto foram as contas dos SMAS, com um saldo de gerência de mais de 713 mil euros e sem dívidas. A execução da receita atingiu os 7,6 milhões de euros (103%) e a da despesa chegou aos 6,9 milhões (93,8%), destacando-se o pagamento de 2,36 milhões de euros à Simarsul. A avaliação do património foi feita em 17,6 milhões de euros.

Aprovada, mas por unanimidade, foi a proposta para atribuição de um apoio de 20 mil e 217 euros aos Bombeiros Voluntários do Montijo, verba destinada a fazer face a custos com manutenção e reparação de veículos de combate a incêndios.

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Ainda por unanimidade, foi ainda aprovada a abertura de concurso, por classificação, para a atribuição de um fogo de habitação social em regime de arrendamento apoiado, no Bairro Almansor, em Canha. Este concurso vai decorrer entre 31 de Maio e 22 de Junho deste ano.

Guerra (re)aberta entre Canta e Afonso

A sessão ficou ainda marcada por duas declarações de Nuno Canta, no período antes da ordem do dia, com duras críticas ao vereador João Afonso. O presidente lembrou o episódio ocorrido na reunião anterior, na qual o autarca do PSD fez directos das suas intervenções no Facebook, classificando o comportamento adoptado como “criminoso”. E deixou uma advertência ao autarca, que se encontrava ausente, ao sublinhar que gravar e transmitir imagens e som da reunião é proibido, desde que não autorizado pelo presidente ou previsto no regimento. “A recolha de imagens e som não está prevista na lei e só pode ocorrer quando prevista no regimento”, vincou.

Ontem, o PSD reagiu a Nuno Canta em comunicado. “Foi cobarde por ter atacado alguém que não se podia defender; foi insultuoso por ter acusado alguém de crimes que não existem; foi e continua a ser antidemocrático por se recusar a transmitir on-line as reuniões de câmara”, lê-se na nota da estrutura local do PSD.

“Quais foram os supostos actos criminosos do vereador do PSD? Pasme-se: ter gravado o seu próprio  discurso em reunião de câmara e tê-lo divulgado nas redes sociais aos montijenses”, junta o PSD, que dispara a concluir: “Nuno Canta sabe que a covid-19 levou quase todos os municípios do País a transmitir on-line  democraticamente as suas reuniões municipais, mas também sabe que essa gravação o expõe ao ridículo, mostrando aos montijenses as fraquezas do seu presidente de câmara. O candidato a presidente da Câmara Municipal pela coligação ‘O Montijo Conta Comigo (PSD, CDS e Aliança)’ não quer reuniões secretas.”

Na sessão, Nuno Canta acusou ainda João Afonso de ter escondido informação relativa aos processos de loteamento na zona do Corte do Catorze, sobre os quais o social-democrata participou às autoridades, por suspeita de violação do PDM. “Desde 22 de Março que o vereador conhece a verdade. A CCDRLVT informou-o de que não havia qualquer violação ou acto ilegal”, concluiu o socialista.

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