Montante visa fazer face ao aumento significativo de encargos com a actividade operacional da corporação
Mais 150 mil euros é o montante que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Montijo se prepara para receber do município. O apoio financeiro à corporação foi decidido na última quarta-feira.
Para o efeito, o executivo municipal aprovou, na reunião pública de quarta-feira passada, uma adenda ao protocolo de cooperação celebrado entre a Câmara e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Montijo em 3 de Março de 2022.
De acordo com a autarquia, este apoio financeiro adicional, no valor de 150 mil euros, será “liquidado em tranches mensais, entre Maio e Dezembro de 2025”, com o objectivo de “fazer face ao aumento significativo dos encargos com a actividade operacional da corporação, nomeadamente, no que diz respeito ao desgaste de materiais e viaturas, ao aumento dos custos com combustíveis e à gestão de recursos humanos”.
O vereador João Afonso, eleito pela coligação PSD, CDS e Aliança, fez notar que o apoio servirá apenas para “suprir necessidades urgentes e correntes de tesouraria” e deixou um alerta. “Estamos com um evidente sinal de que a reestruturação dos bombeiros, a nível financeiro (não operacional), ainda está longe de ser conseguida. Os bombeiros têm de apresentar [à Câmara Municipal] um plano de reestruturação”, disse o social-democrata, ao mesmo tempo que enalteceu a “idoneidade” do presidente da associação.
Já o vereador Joaquim Correia, eleito pela CDU, lembrou que este tipo de problemas é vivido “a nível nacional”, na medida em que “existem muitas corporações com dificuldades no País”. E responsabilizou o Estado Central. “O problema é que o Estado Central não olha como devia para os bombeiros. O subfinanciamento que existe é gritante. A sorte do Estado Central é que as Câmaras Municipais ainda vão tapando estes buracos. É um problema que se arrasta há muitos anos”, defendeu o autarca do Partido Ecologista “Os Verdes”, que, a finalizar, atirou: “Se calhar, daqui por um mês ou dois, quando começarem os fogos, lembram-se.”
A proposta foi aprovada por unanimidade.