6 Maio 2024, Segunda-feira
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Caso de português raptado  por perder 240 quilos de cocaína no Montijo em tribunal

Começou ontem o julgamento de sete arguidos num processo de tráfico de droga internacional

 

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O Tribunal de Lisboa vai começou esta terça-feira a julgar sete arguidos num processo de tráfico de droga internacional e no qual um português foi raptado por membros da organização criminosa brasileira, Primeiro Comando da Capital PCC, e da máfia sérvia, por fazer desaparecer um carregamento de 240 quilos de cocaína no parque de estacionamento de uma superfície comercial no Montijo.

Afinal tinha sido a PJ a apreender a droga sem que o grupo percebesse e desde então todos os movimentos foram seguidos. A PJ acabou por deter o grupo quando o português era mantido em cativeiro em Lisboa e se preparava para ir para Espanha em sequestro para responder pelo desaparecimento da droga.

O processo começou com a detecção da droga na Alfândega de Alverca, dissimulada em café, que deu entrada no Porto de Sines em Outubro de 2022 e proveniente do Brasil. A droga pertencia ao Primeiro Comando da Capital, que se queria introduzir no mercado europeu em ligações com um grupo sérvio.

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No dia 11 de Outubro, Marcos Miranda, brasileiro do grupo PCC, levantou a droga que estava já a ser vigiada numa empresa logística em Alverca, fazendo-se representar por uma empresa importadora do café. O arguido conduziu a sua carrinha cerca de duas horas, realizando manobras de contra vigilância na margem sul para despistar eventuais seguidores até que se apercebeu que estava a ser seguido. Deixou a carrinha num parque de estacionamento de um centro comercial do Montijo, onde Francisco Martins, português cúmplice de Marcus, o foi buscar.

Francisco tinha indicações para ir buscar a viatura estacionada com a droga, mas fê-lo no dia seguinte e não a encontrou. Na noite anterior, a PJ tinha apreendido a viatura e toda a droga. Francisco contactou Marcos e Wanderson Oliveira, outro arguido pertencente ao grupo PCC em Portugal, a comunicar que a droga tinha desaparecido e logo temeu pela sua vida.

De acordo com a acusação do MP, as duas organizações envolvidas no tráfico, a PCC e a máfia sérvia, ao terem conhecimento do desaparecimento da carga pensaram que o arguido de nacionalidade portuguesa as estava a ludibriar. Do Brasil veio Flávio Oliveira, condenado em 2006 pela morte de uma família para a roubar a 104 anos de prisão, mas que viu a pena alterada e foi libertado em 2020. A intenção era pressionar o português para perceber o que tinha acontecido à droga.

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De Espanha vieram para Lisboa os sérvios, compradores da droga, Uros Piperski e Aleksander Stojkovic. Os três sequestraram Francisco e Marcos em Lisboa, agrediram-nos e coagiram com vista a que dissessem onde estava guardada a cocaína. Preparavam-se mesmo para levar para Espanha o arguido de nacionalidade portuguesa, que iria servir de “garantia pessoal” da recuperação da cocaína, quando foram abordados por inspectores da PJ, que os detiveram em flagrante delito. Respondem por associação criminosa, tráfico de estupefacientes, sequestro e coacção agravada.

Marcos Miranda e Francisco foram detidos, mais tarde, fora de flagrante delito, por colaboração na prática do crime de tráfico de estupefacientes. O português em tribunal alegou não saber da droga, que tinha sido aliciado para comercializar café importado do Brasil, mas ficou em prisão preventiva.

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