Serviço de operações “é motivo de orgulho”. E a falta de médicos de família “não se resolve de um dia para o outro”
Seis meses e 20 dias depois de ter entrado em funcionamento, a Unidade de Saúde Familiar Aldegalega, no hospital do Montijo, foi oficialmente inaugurada pelo ministro Manuel Pizarro. O responsável pela pasta da Saúde descerrou esta quarta-feira a placa, juntamente com o presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, o presidente da ARSLVT, Luís Pisco, e profissionais de saúde, após ter visitado o serviço da Cirurgia de Ambulatório, que classificou de excelente.
“É uma coisa ‘top’! Uma coisa linda de se ver, a satisfação dos utentes, dos profissionais, é um serviço que responde à necessidade das pessoas com tudo o que a medicina mais moderna pode oferecer em cada nível de cuidados, aqui é cirurgia de ambulatório”, disse o governante, que carregou nos elogios aos profissionais que ali operam.
“O que os meus colegas aqui fazem – os ortopedistas, os cirurgiões gerais, os cirurgiões vasculares, os anestesistas, os enfermeiros, os assistentes operacionais – é extraordinário. É um motivo de orgulho para um ministro da Saúde ver o serviço a funcionar assim”, reconheceu.
Diferente foi o discurso em relação aos cuidados de saúde primários. O Montijo debate-se com mais de 30 mil utentes sem médico de família, mas Manuel Pizarro, quando questionado se tinha assumido algum compromisso com o autarca montijense para dar resposta ao problema, preferiu jogar à defesa.
“O Ministério da Saúde e as câmaras municipais estão a trabalhar muito com os ACES para resolvermos os problemas das pessoas. Isto não é um combate do ministério contra a câmara, da câmara contra os profissionais, dos profissionais contra o ministério. Estamos todos juntos para fazer o que é necessário. Não vamos resolver todos os problemas de um dia para o outro, isso não existe. Mas estamos a trabalhar para que os problemas se tornem cada vez menores para que as respostas aumentem e para que as pessoas sintam aquilo que sempre sentiram – que o SNS é o porto de abrigo de cada português”, disse, sem se comprometer.
A escassos metros está instalada a USF Aldegalega que foi simbolicamente inaugurada pouco depois. E os elogios, desta vez, couberam a Nuno Canta. “Hoje [quarta-feira] esta unidade é uma referência e mostra-nos como se deve integrar os cuidados de saúde primários nos cuidados hospitalares”, salientou o autarca.
Um pouco mais comedida do que Nuno Canta mostrou-se a coordenadora da USF Aldegalega, Maria Rosário Santos. “Primamos pela excelência e queremos no futuro ser uma referência no concelho do Montijo. Fazer a diferença é essa a vontade de todo os profissionais”, afirmou sobre a valência que coordena e que conta já com “9 654 inscritos”, apesar de apresentar “capacidade prevista para 11 500”.
Integrada no programa da iniciativa “Governo Mais Próximo”, a visita de Manuel Pizarro ao recinto hospitalar contou ainda com as presenças de Teresa Carneiro, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Barreiro Montijo, Miguel Lemos, director-executivo do ACES Arco Ribeirinho, Fátima Soares, vice-presidente da Câmara de Alcochete, dos vereadores socialistas na Câmara do Montijo e dos presidentes de junta do concelho montijense.
BA6 Autarcas acompanharam ministra da Defesa
Pela manhã, no âmbito da mesma iniciativa do Governo, Nuno Canta e Fernando Pinto, presidente da Câmara de Alcochete, acompanharam a visita da ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, à Base Aérea n.º 6, no Montijo. No encontro participaram ainda o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Ferreira, o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General João Cartaxo Alves, o Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, e a Comandante da Base Aérea n.º 6, Coronel Diná Azevedo. Integraram ainda a comitiva, vários autarcas e funcionários dos concelhos de Montijo e Alcochete.
