Estudo para sistema de recolha foi apresentado na Galeria Municipal e faz comparação com municípios vizinhos
“No Montijo, os biorresíduos representam 50 por cento de todos os resíduos” e este é o concelho com “maior percentagem” em relação a outros na sua área envolvente.
A conclusão está plasmada no “Estudo para o Desenvolvimento do Sistema de Recolha de Biorresíduos do Município do Montijo”, que foi apresentado publicamente na Galeria Municipal, na passada terça-feira, pelo professor Alexandre Magrinho, do Instituto Politécnico de Setúbal. “Estimamos que o potencial de biorresíduos seja de 11,5 toneladas por ano”, disse o autor do estudo, que apontou dois cenários possíveis para dar resposta ao problema.
“O cenário A será manter uma estrutura paralela”, no sentido de “duplicar o sistema existente”, e “o cenário B será adaptar as soluções às realidades no terreno”. Para Alexandre Magrinho “é possível poupar dinheiro através de uma boa gestão”. E a solução é fácil: “Quanto mais separarmos os biorresíduos menos pagaremos pelos indiferenciados.”
Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, assumiu que o sistema a adoptar vai “cumprir com as normas nacionais e comunitárias”, de forma a dar continuidade “à evolução” realizada no território montijense “nos últimos 25 anos”.
“Sabemos que será um processo complexo e difícil, mas incontornável para prosseguir com o progresso continuado que temos vindo a realizar”, frisou o autarca. Em nota de Imprensa, a autarquia lembra que, “a partir de 31 de Dezembro de 2023, a separação na origem e reciclagem de biorresíduos passa a ser obrigatória em todo o território nacional”.
“O município do Montijo está a preparar-se estruturalmente para poder dar resposta, de forma gradual e progressiva, à necessidade de recolha de biorresíduos no seu território”, sublinha a edilidade, a finalizar. O estudo foi elaborado pela Associação de Transferência de Tecnologia e Conhecimento para Empresas e Instituições.
