23 Abril 2024, Terça-feira
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Aniversário do nascimento de Jorge Peixinho comemorado no Jardim das Nascentes

Montijo volta a homenagear maestro. Inauguração de mural, assinatura de protocolos e actuação de grupo fundado pelo compositor compõem programa

 

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Se fosse vivo, o maestro Jorge Peixinho cumpriria 83 anos de vida no próximo dia 20. Nessa sexta-feira, a data vai ser assinalada pela Câmara Municipal do Montijo com um mural artístico, a assinatura de dois protocolos e uma actuação musical.

As actividades têm lugar no Jardim das Nascentes, que integra a Casa da Música Jorge Peixinho, e arrancam pelas 15 horas com a inauguração de um mural de arte urbana (na foto) de homenagem ao compositor, da autoria de ASUR.

Cerca de 20 minutos depois, o município assinará protocolos com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e com a Companhia Mascarenhas-Martins Associação Cultural. O primeiro, esclarece a autarquia, visa o “tratamento museológico do espólio municipal do Maestro Jorge Peixinho”; o segundo, tem como objectivo a “criação de um programa de desenvolvimento cultural do auditório Casa da Música Jorge Peixinho” por parte da Mascarenhas-Martins.

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A cerimónia de comemoração do 83.º aniversário do nascimento do compositor encerra com “um apontamento musical” a cargo do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, que foi “fundado em 1970 por Jorge Peixinho”, constituindo-se então como “o primeiro grupo português de música contemporânea”.

Jorge Peixinho faleceu em 1995 e desempenhava a função de membro da Assembleia Municipal do Montijo, terra onde nasceu. “Foi um dos mais importantes compositores portugueses do Século XX, tendo um papel fundamental na actualização do panorama musical do País entre 1961 e meados da década de 1980, não apenas através da sua actividade criativa, mas também enquanto incansável divulgador, ensaísta e intérprete”, lembra a autarquia montijense.

É o “patrono” da principal escola secundária montijense e o seu nome vai igualmente ficar ligado ao mais recente equipamento cultural do concelho, que está previsto ser inaugurado este ano, conforme adianta a autarquia. “O município do Montijo reabilitou e requalificou a antiga Casa da Quinta das Nascentes para acolher o equipamento colectivo Casa da Música Jorge Peixinho, com inauguração prevista para o próximo dia 25 de Abril, numa consagração do trabalho do músico montijense.”

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Currículo internacional

A edilidade destaca o contributo e a importância do maestro em vários domínios da cultura. “Jorge Peixinho notabilizou-se como compositor, pianista, crítico, professor, conferencista e animador cultural. Teve um papel ímpar na divulgação da música contemporânea em Portugal e da música portuguesa no estrangeiro, objectivos que mobilizaram notavelmente o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, fundado em 1970 e por ele liderado.”

Sobre o trajecto artístico de Jorge Peixinho, realça a participação em “inúmeros festivais de música contemporânea, a nível nacional e internacional” e as suas colaborações regulares “com os encontros Gulbenkian de música contemporânea”.

“Após a conclusão dos seus estudos de piano e composição no Conservatório de Lisboa, estudou como bolseiro da Fundação Gulbenkian em Roma. Trabalhou com Luigi Nono em Veneza e mais tarde com Boulez e Stockhausen, no âmbito dos Meisterkurse da Academia de Basileia”, recorda o município, que elenca ainda participações de Jorge Peixinho “em 1967 e 1968 nos projectos de composição colectiva promovidos (e dirigidos) por Stockhausen” e em 1972/73 “efectuou um estágio no estúdio de música electrónica IPEM, em Gent (Bélgica)”. O montijense integrou “o painel de júris de vários concursos internacionais de composição” e “foi membro do Conselho Presidencial da Sociedade Internacional de Música Contemporânea”. Jorge Peixinho faleceu a 30 de Junho de 1995.

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