26 Abril 2024, Sexta-feira
- PUB -
InícioLocalMontijoFórum Abrigo vai centrar-se nos impactos da pandemia e da conjuntura internacional

Fórum Abrigo vai centrar-se nos impactos da pandemia e da conjuntura internacional

Jacinto Pereira antecipa sexta edição e realça acolhimento familiar. Ministra e Procuradora-Geral da República abrem o evento

 

- PUB -

“As crianças e o Mundo – Que caminhos? Que metas?” é o tema do VI Fórum Abrigo, que vai trazer ao Montijo, na próxima quarta-feira, 23, a ministra Ana Mendes Godinho e a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, além de um conjunto de académicos, investigadores e políticos, para reflexão sobre o futuro dos jovens em risco.

A iniciativa, promovida pela Associação Abrigo bienalmente, volta a ter lugar no Cinema Teatro Joaquim d’ Almeida e os objectivos estão bem definidos. Segundo Jacinto Pereira, presidente da direcção da Abrigo, entroncam na “reflexão que é necessária fazer a vários níveis”, face ao panorama económico e social que se vive. Desde logo “as consequências pós-pandemia” na saúde mental das crianças, mas também os impactos da “actual conjuntura internacional” nas respostas institucionais para a protecção dos menores.

Nesse âmbito, e logo após a sessão de abertura – que contará com as intervenções da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e da Procuradora-Geral da República, além das de Nuno Canta, presidente da Câmara do Montijo, e Jacinto Pereira –, a iniciativa contempla, pela manhã, “um painel direccionado para uma reflexão mais generalista, com Javier Urra e José Pacheco Pereira”.

- PUB -

E, no painel da tarde, adianta o responsável pela Abrigo, a reflexão incidirá mais em questões concretas, “sobre várias especificidades, ao nível dos centros de apoio familiar e aconselhamento parental e também na resposta agora lançada em Portugal de acolhimento familiar”, com a participação de académicos e investigadores.

A Associação Abrigo, de resto, é uma das duas únicas entidades que o Distrito de Setúbal vai ter integradas no programa de famílias de acolhimento. “No distrito vão haver duas instituições de enquadramento: a Abrigo, que vai abranger os seis concelhos do Arco Ribeirinho Sul, ou seja Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete, e a Cáritas Diocesana de Setúbal”, salienta Jacinto Pereira.

E o processo já está em marcha. “A Abrigo assinou no passado dia 11 com a Segurança Social o acordo para se constituir como entidade de enquadramento nesta nova valência, que visa encaminhar crianças em risco para famílias de acolhimento, temporariamente, ao invés de serem institucionalizadas”, revela.

- PUB -

Ao mesmo tempo, o responsável pela Abrigo explica o papel que caberá às entidades constituídas como instituições de enquadramento no referido programa da tutela. “São responsáveis por criar uma bolsa de famílias para acolhimento das crianças e pela sua selecção, providenciar formação e, depois de encaminhar as crianças para acolhimento das famílias seleccionadas, monitorizar o decurso de cada um dos acolhimentos.”

Com esta resposta, a Abrigo “pretende promover um trabalho em rede e parceria com cada um dos seis municípios do Arco Ribeirinho Sul abrangidos”, faz questão de sublinhar.

Balanço positivo

Esta nova valência é garantida numa altura em que a associação acaba de completar duas décadas de existência. E o balanço ao trajecto até aqui percorrido só pode ser “muito positivo”, considera Jacinto Pereira.

Até porque, enfatiza, a Abrigo “tem uma forma de trabalhar que assenta em muita racionalidade e empenho”, para “conseguir intervir e ajudar as crianças em risco”.

No momento em que a associação se prepara para alargar o espectro da sua intervenção – através do programa de famílias de acolhimento –, o presidente da direcção destaca duas outras acções. “Convém lembrar que a Abrigo tem o seu Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental desde 2015 e que tem em aprovação, na Câmara Municipal do Montijo, o licenciamento do projecto para avançar com a 1.ª fase da obra de construção da sua sede.”

A empreitada visa a criação do “edifício principal, para instalação de serviços, todas as suas valências, ou seja a estrutura de resposta, a edificar na Rua do Pocinho das Nascentes, em terreno cedido pelo município montijense”, lembra Jacinto Pereira, sem deixar de esclarecer que a missão da Abrigo não passa por providenciar acolhimento de crianças em espaço físico.

A terminar, o responsável mostra-se confiante no futuro próximo da instituição. “A Abrigo está com uma dinâmica crescente, na capacidade de resposta, de meios, mas bem estruturada e com muita racionalidade, com o objectivo de ter sempre muito elevados os padrões de qualidade ao nível das valências que apresenta”, conclui.

Inscrições abertas Duas centenas e meia já têm lugar garantido

Até à passada sexta-feira já estavam inscritas, através de https://abrigo.pt/, para assistir ao VI Fórum Abrigo, “250 pessoas”. Se o painel da manhã dispensa apresentações, ao contemplar como oradores Javier Urra e Pacheco Pereira, o painel vespertino não se fica atrás, em termos de participantes bem identificados com as problemáticas dos mais jovens, apesar de abranger uma componente mais técnica. “Crianças vs Famílias vs Estado – Dinâmicas e Actualidade” é o tema do painel da tarde em torno do qual vão “juntar-se” académicos e investigadores de várias instituições, como o ISCTE, a Universidade do Minho, o Politécnico do Porto e a Universidade de Oxford (Reino Unido).
Já a sessão de encerramento, pelas 17 horas, vai contar com Fernando Pinto, presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Maria Rosário Farmhouse, que preside à Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens, e João Castilho, presidente da Assembleia Geral da Abrigo. As conclusões serão apresentadas por Graça Simões de Carvalho, professora catedrática da Universidade do Minho e do respectivo Centro de Investigação em Estudos da Criança.

- PUB -

Mais populares

Cavalos soltam-se e provocam a morte de participante na Romaria entre Moita e Viana do Alentejo [corrigida]

Vítima ainda foi transportada no helicóptero do INEM, mas acabou por não resistir aos ferimentos sofridos na cabeça

Árvore da Liberdade nasce no Largo José Afonso para evocar 50 anos de Abril

Peça de Ricardo Crista tem tronco de aço corten, seis metros de altura e cerca de uma tonelada e meia de peso

Homem de 48 anos morre enquanto trabalhava em Praias do Sado

Trabalhador da Transgrua estava a reparar um telhado na empresa Ascenzo Agro quando caiu de uma altura de 12 metros
- PUB -