25 Abril 2024, Quinta-feira
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Freguesias rurais de Pegões, Santo Isidro e Canha sem médicos de família

João Afonso denuncia e tutela confirma: só 5,9% da população das três localidades tem clínico. Polo de Santo Isidro está fechado há quase um ano

Mais de 94% dos residentes na zona Este do concelho do Montijo não têm médico de família. São ao todo 6 582 utentes, de entre um total de pouco mais de 7 mil, maioritariamente idosos, que habitam nas freguesias rurais de Pegões, Santo Isidro e Canha.

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A situação foi denunciada pelo vereador do PSD João Afonso e confirmada a O SETUBALENSE pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT).

Em comunicado enviado à redacção de O SETUBALENSE, o autarca alerta para o facto de existirem sem médico de família “cerca de 3 800 utentes em Pegões, 1 500 em Santo Isidro e 1 200 em Canha”.

O total (inclusive superior ao número apontado pelo vereador do PSD) é admitido pela ARSLVT, que apenas não confirma os parciais de cada uma das três localidades. “Temos 6 582 utentes sem médico de família. Pese embora este constrangimento, importa referir que estes utentes têm cuidados de saúde assegurados no Polo de Pegões [da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Montijo Rural, formada ainda pelos polos de Santo Isidro e Canha]”, assume a ARSLVT.

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O cenário, critica João Afonso, “agravou-se” desde Junho passado, já que o Polo de Santo Isidro da unidade de saúde fechou portas por “falta de profissionais”. O serviço passou para o Polo de Pegões que, apesar de contar com cinco médicos, não presta mais do que “22 horas de consultas semanais, repartidas por quatro dias”, revela o social-democrata e reconhece a ARSLVT, que acrescenta que o atendimento abrange utentes das três localidades. E a tendência não é melhorar. Até final do ano, o Polo de Pegões deverá perder um médico, por aposentação, diz João Afonso. A O SETUBALENSE, a ARSLVT contorna a questão e refugia-se no facto de o Polo de Pegões contar “neste momento com cinco médicos”.

Já o Polo de Canha funciona “com dois médicos contratados pela Santa Casa da Misericórdia” local, afirma o autarca do PSD, que contesta o horário do serviço confirmado pela ARSLVT: “Funciona duas vezes por semana, num total de 9 horas.”

“A população destas freguesias, para agendar uma consulta, tem de ‘acampar’ à porta do respectivo centro de saúde durante a madrugada. Em Pegões e Canha a minoria que tem dinheiro recorre ao serviço de saúde privado, quem não tem dinheiro morre lentamente… é este o Serviço Nacional de Saúde que os socialistas nos oferecem. As populações de Pegões e Canha estão esquecidas e abandonadas pelo Governo e pelo clientelar poder socialista que há 25 anos nos empobrece e engana”, dispara João Afonso. O social-democrata defende que a Câmara Municipal deve “implementar medidas de incentivo” à fixação de médicos de família: “A atribuição de uma comparticipação financeira, para apoiar a aquisição ou arrendamento de habitação, ou, em alternativa, o transporte para médicos que não residam no concelho”, aponta, a concluir.

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ARSLVT procura solução para reabrir Polo de Santo Isidro

Com o encerramento do Polo de Santo Isidro, no início de Junho último, os utentes desta localidade são obrigados a deslocar-se ao Polo de Pegões para acederem aos cuidados de saúde primários. Mas a ARSLVT diz que, em conjunto com o Agrupamento de Centros Saúde Arco Ribeirinho, está “a envidar todos os esforços na procura de uma solução que permita a reabertura do Polo de Santo Isidro”.

Em resposta a O SETUBALENSE, a administração regional de saúde não indica, no entanto, qualquer data para a reactivação da unidade naquela localidade. “Até que tal seja possível, os cuidados de saúde a estes utentes são assegurados no Polo de Pegões”, rematou.

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