Os autarcas socialistas, eleitos na Assembleia Municipal da Moita, promoveram um conjunto de medidas que têm como objectivo exigir à autarquia que tome medidas para terminar com as pragas de baratas no município.
“O concelho da Moita tem-se vindo a debater já há alguns anos com pragas de baratas que proliferam um pouco por todo o lado, e que se alastram a cada época de Primavera/Verão. O facto é que não são apenas as zonas mais antigas que sofrem com o problema, o que só por si já seria mau”, referem os deputados municipais eleitos pelo PS.
Numa das reuniões da Assembleia Municipal de Fevereiro, os socialistas questionaram o presidente da Câmara, Rui Garcia, sobre essa ocorrência e as medidas tomadas. A resposta, segundo os autarcas, foi “fazemos o que sempre fizemos”, o que os levou a crer que “independentemente do grau da gravidade a actuação é sempre a mesma”.
Por esse motivo, os deputados do PS na Assembleia Municipal enviaram um requerimento a questionar, novamente, a autarquia, sendo que “todas as perguntas formuladas por escrito pelos socialistas visam apurar o que se passa desde há seis anos e as razões porque o problema não foi ainda travado”.
“Não obstante, e porque esta situação já dura há uns bons anos e em cada ano o problema é maior, porque se alastra a mais uma parte do território concelhio”, os autarcas admitiram recorrer a outras instâncias com o objectivo de procurar a resolução deste problema ou diminui-lo, uma vez que têm sido várias as queixas da população.
“No ano passado, muitos munícipes utilizaram as redes sociais para passarem imagens de situações que são impossíveis de não entrar na esfera da saúde pública, daí que os autarcas solicitaram a intervenção, dirigindo exposições escritas, à Provedoria de Justiça, à Delegação Regional de Saúde de Lisboa e Vale Tejo e à Agência Portuguesa do Ambiente”, revelam.
Por estes motivos, os deputados municipais eleitos pelo PS acusam a Câmara da Moita de se “descartar da sua responsabilidade”, no que tem a ver com a perturbação que ocorre dentro das habitações da população e sobre a qual os respectivos moradores se sentem “impotentes”.
“Referimo-nos ao facto de as baratas existentes nos esgotos das ruas, em resultado de actos de desbaratização, se refugiarem nos esgotos dos prédios e daí entrarem para os apartamentos sem que exista por parte da autarquia qualquer colaboração ou acompanhamento no sentido de evitar que tal aconteça. Afinal, antes da desbaratização dos esgotos exteriores era desejável que ocorre-se a aplicação de produto na caixa das escadas dos prédios como barreira à entrada das baratas. Este ou outro método. O facto é que a Câmara Municipal não se pode desresponsabilizar das perturbações e prejuízos que causa”, concluem os socialistas.