Joaquim Pedro é o candidato à Câmara. Compromete-se a baixar impostos e a tudo fazer para que o concelho ganhe mais dois pavilhões desportivos
O PSD apresentou no passado sábado os cabeças-de-lista aos órgãos autárquicos do concelho da Moita, numa sessão que contou com a presença de Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças, e que decorreu frente à sede da concelhia laranja.
Joaquim Pedro, que preside à comissão política da estrutura local do partido e que nas últimas eleições autárquicas encabeçou a lista social-democrata à Junta da Moita, é o candidato à presidência da Câmara Municipal. São cabeças-de-lista aos restantes órgãos autárquicos Bruno Mota (Assembleia Municipal), Tiago Serra (Junta da Moita), Marius Diague (Junta de Baixa da Banheira/Vale da Amoreira), Paula Diogo (Junta de Alhos Vedros) e Augusto Silva (Junta de Gaio-Rosário/Sarilhos Pequenos).
Por entre duras críticas ao executivo municipal socialista, Joaquim Pedro assume alguns compromissos eleitorais, como a redução de impostos. “Queremos baixar o IMI para a taxa mínima (0.30) e no IRS fazer a devolução de 2,5% para todos os munícipes. Como? Com uma gestão rigorosa e transparente e, acima de tudo, eficiente, com os recursos próprios e conhecimento que sei existir nos quadros de trabalhadores da Câmara, sem ser necessário recorrer insistentemente ao sector privado como se tornou recorrente com a actual gestão, que, não sabendo gerir, paga para fazer quase tudo”, diz o cabeça-de-lista.
Afirma que se candidata “pela esperança de romper com um passado de resignação, incapacidade, estagnação, arrogância e até ameaças aos munícipes”, numa crítica explícita à governação PS, e adianta: “Sei que a degradação dos serviços é gritante e que a dívida aumenta a cada dia que passa. Nós queremos mesmo resolver os problemas das pessoas.”
A segurança é outra área que o candidato considera prioritária e a aposta passa pelo “reforço de meios humanos”, mas também “materiais, como a construção do novo quartel da GNR”, que “o Governo do PSD em breve irá transformar numa realidade”. De fora fica a criação de Polícia Municipal, processo que a autarquia começou agora a estudar. “Não concordo, porque a Moita não tem condições para ter Polícia Municipal. A proposta de estudo que o PS levou recentemente a reunião de câmara cheira a eleitoralismo. A Polícia Municipal não resolve os problemas de falta segurança”, frisa, sem deixar de sublinhar que concorda, porém, com a implementação de videovigilância.
Desporto e ambiente
O cabeça-de-lista pelo PSD carrega nas críticas aos socialistas e reitera que “é fundamental” a redução de impostos. “Não podemos pagar pelo que não temos. Falta a higiene urbana, há buracos nas estradas em todo o concelho, ervas da minha altura, acessos às escolas sem segurança, fazendo-se pela estrada… Batemos mesmo no fundo”, atira.
Quanto a investimentos, foca também como prioridade a área do desporto e compromete-se a tudo fazer para que, no final do próximo mandato, o concelho tenha “mais dois pavilhões gimnodesportivos”. E compromete-se ainda a desenvolver “o projecto a 12 anos da cidade do desporto, a ser construído no coração da Quinta da Fonte da Prata” e capaz de “receber estágios e provas nacionais e internacionais”.
Joaquim Pedro aponta também à área do ambiente e diz pretender “corrigir as ligações ilegais para a rede em Alhos Velhos, assim como resolver as descargas ilegais para o Rio Tejo”. E sobre esta matéria lança uma nova ‘bicada’ à gestão PS. “Ao contrário do que foi a grande bandeira eleitoral em 2021 dos ‘promessas’, entenda-se dos socialistas, connosco os compromissos são mesmo para cumprir”.
A captação de investimento privado capaz de gerar emprego, a habitação, a educação, a transparência e a cultura são outras áreas, que o cabeça-de-lista considera serem merecedoras de maior atenção por parte da autarquia.
Paulo Ribeiro, presidente da distrital de Setúbal do PSD e secretário de Estado Adjunto da Administração Interna, e os deputados parlamentares Bruno Vitorino e Paulo Edson Cunha, marcaram presença na sessão de apresentação dos candidatos.
Nas últimas autárquicas, o PSD foi a quinta força mais votada para a Câmara Municipal, atrás de PS, CDU, Chega e BE. O executivo municipal é composto por quatro elementos do PS, quatro da CDU e um eleito pelo Chega, que passou a independente.