26 Junho 2024, Quarta-feira

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Paulo Raimundo ‘mede tensão’ ao Centro de Saúde da Baixa da Banheira

Paulo Raimundo ‘mede tensão’ ao Centro de Saúde da Baixa da Banheira

Paulo Raimundo ‘mede tensão’ ao Centro de Saúde da Baixa da Banheira

O secretário-geral do PCP participou numa acção de contacto com os utentes que formavam fila desde madrugada

 

O cenário além de se ter agravado nos últimos anos está já banalizado. É quase como que “o pão nosso de cada dia” para quem tem de recorrer aos cuidados de saúde primários. A fila de quem desespera pela marcação de uma consulta começa a ser formada pelas primeiras horas da madrugada. Baixa da Banheira, à porta do centro de saúde, não é excepção e, na última segunda-feira, foi Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, quem o constatou.

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O responsável comunista liderou uma comitiva que foi ao terreno ‘palpar o pulso’ e ‘medir a tensão’ ao funcionamento do centro de saúde daquela freguesia do concelho da Moita, numa acção de contacto directo com os utentes. O resultado não foi nem é animador, muito pelo contrário. E a doença há muito que está identificada, conforme fez notar o líder do PCP.

“Estamos aqui perante uma situação em que estão mais de 20 mil utentes sem médico de família, onde faltam 14 médicos e nove enfermeiros”, lembrou, antes de colocar o dedo na ferida. “A realidade é esta: as pessoas vêm para aqui – a primeira a chegar hoje [segunda-feira] era 1 hora da manhã – para arranjarem uma senha, para poderem ter eventualmente consulta logo à tarde. O risco de haver aqui muita gente que vai ficar sem a tal senha é enorme”, lamentou, para sublinhar de seguida que o cenário replica-se noutros pontos de concelhos vizinhos. “É uma triste realidade aqui [Baixa da Banheira], no Barreiro, na Amora, em vários pontos em Lisboa.”

E a solução passa por uma aposta na área dos recursos humanos. Ou seja, pelo aumento da capacidade de atracção de mais profissionais de saúde. “A questão fundamental”, disse Paulo Raimundo em declarações à Comunicação Social, “é fixar mais médicos no Serviço Nacional de Saúde, que até está para lá do problema das urgências [hospitalares]”.

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As baterias foram apontadas ao Governo PS. E o PCP da Moita, em publicação efectuada no Facebook, alarga as responsabilidades ao quadrante político da direita. “O drama não é novo e repete-se pelo País fora. Falta de profissionais de saúde, carreiras desvalorizadas e falta de investimento. A culpa do estado desastroso do SNS é das opções do Governo PS, convergentes com PSD, CDS, IL e Chega, de desviar dinheiro do SNS para o negócio privado da doença.”

A estrutura local comunista afirma que “há excedente orçamental bastante para salvar o SNS, para garantir médico e enfermeiro de família para todos, para a aquisição imediata de equipamentos de diagnóstico e terapêutica, obras para reabrir todos os edifícios hospitalares ou centros de saúde necessários”. “Há recursos, é uma questão de opção”, lê-se na página do PCP da Moita naquela rede social.

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