Autarquia contratou serviços de acompanhamento arqueológico para a intervenção e os trabalhos voltaram a avançar
As obras de requalificação paisagística do Largo da Misericórdia, em Alhos Vedros, já foram retomadas, disse Carlos Albino, presidente da Câmara Municipal da Moita, a O SETUBALENSE.
A autarquia tinha decidido suspender preventivamente os trabalhos para dar cumprimento a uma recomendação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), entidade que anteriormente havia dado parecer positivo à empreitada.
Ou seja, a Câmara Municipal iniciou as obras depois de ter solicitado, em 17 de Abril de 2024, um parecer prévio à CCDR-LVT, que mereceu “luz verde” desta última entidade em 6 de Maio de 2024. Só que, quase um ano depois (em 16 de Abril de 2025), já em plena execução dos trabalhos, a CCDR-LVT viria a recuar – por ter recebido uma denúncia sobre a existência de vestígios arqueológicos no local – ao recomendar que a intervenção tivesse acompanhamento de trabalhos arqueológicos.
Disto mesmo, a Câmara da Moita já deu conta ao Grupo Municipal do PS, que apresentou na Assembleia Municipal um requerimento, datado de 12 de Maio de 2025, a questionar as “démarches” realizadas pelo executivo liderado pelo também socialista Carlos Albino para arrancar com a intervenção. O Grupo Municipal do PS quis “saber se a autarquia seguiu todos os trâmites necessários para avançar com a obra, nomeadamente em matéria de autorizações pelas entidades competentes, e, em particular, saber se a CCDR-LVT se pronunciou em matéria de trabalhos arqueológicos”. Na resposta, positiva em todos os sentidos, a Câmara apresentou a cronologia dos acontecimentos, que está sustentada na troca de correspondência – à qual O SETUBALENSE teve acesso – mantida com a CCDR-LVT.
Entretanto, a Câmara garantiu a contratação de serviços especializados para acompanhamento arqueológico dos trabalhos e a intervenção no Largo da Misericórdia foi retomada.