A TST deixa os cinco concelhos para continuar a rodar em Almada, Sesimbra e Seixal
Se tudo correr sobre rodas, no final de 2021 o transporte público rodoviário em Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal passa a ser feito pela Nex. A TST (Transportes Sul do Tejo) está de abalada destes concelhos mas irá manter-se a assegurar serviços em Almada, Sesimbra e Seixal. E as frotas de autocarros serão praticamente novas – com menos de um ano de idade de serviço.
As duas transportadoras vão ainda garantir as carreiras intermunicipais de ligação dos respectivos concelhos quer a Barreiro quer a Lisboa.
A Nex Continental Holdings e a TST apresentaram as propostas vencedoras para, respectivamente, os lotes 4 e 3 do concurso público internacional de transporte rodoviário de passageiros da Área Metropolitana de Lisboa (AML), lançado em Fevereiro pelo valor de 1,2 mil milhões de euros.
A Scotturb venceu o lote 1, para operar nos concelhos de Amadora, Cascais, Oeiras e Sintra (além de assegurar as intermunicipais de ligação a Lisboa e Cascais); e a Rodoviária de Lisboa garantiu o lote 2, que abrange Mafra, Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira (e intermunicipais de ligação a Lisboa).
O resultado do concurso foi anunciado na quarta-feira, 22, pela AML.
“Em termos globais, destaca-se, em todos os lotes, a média baixa de idade da frota, que é, em todas as propostas vencedoras, inferior a um ano, logo no início do contrato, e inferior a quatro anos, no quinto ano de actividade”, revelou a AML. Números “muito abaixo dos máximos previstos no caderno de encargos (oito anos no início do contrato, e seis anos no quinto ano de actividade) e ainda mais abaixo da idade média da frota em circulação, que, em 2019, era superior a 13 anos”, lembra ainda AML.
Ainda de acordo com a mesma nota, o valor pago por veículo/quilómetro também ficou abaixo do valor base previsto em todos os lotes.
O transporte rodoviário de passageiros na AML passa a pertencer à marca única Carris Metropolitana e vai permitir “um aumento de cerca de 40% dos serviços” de carreiras. O concurso tem uma abrangência temporal de sete anos – se entrar em vigor no final de 2021, como previsto, irá assim terminar em finais de 2028.
“Desenhada de raiz durante cerca de um ano pela AML”, a rede rodoviária vai cobrir “cerca de 600 linhas” de percursos.
Na reunião do conselho metropolitano de quarta-feira foi também apresentado o relatório que fundamenta a constituição da TML – Transportes Metropolitanos de Lisboa –, assim como os estatutos da empresa. A TML será responsável pela gestão do serviço público de transportes rodoviários da área metropolitana.
Com Lusa