Carlos Albino revelou que durante o seu mandato têm sido concretizados projectos que, no somatório, vão criar 750 postos de trabalho

Nos últimos três anos e meio o município da Moita conseguiu atrair investimentos na ordem dos 100 milhões de euros num total de 750 postos de trabalho directos. O anúncio foi feito pelo presidente da autarquia, Carlos Albino, durante a conferência “Desenvolvimento do Arco Ribeirinho Sul – A estratégia e os desafios”.

Na visão do autarca estes são projectos que dão os primeiros passos para “recuperar o atraso” face aos outros concelhos. “É um esforço enorme que estamos a fazer para rapidamente tentar chegar à linha da frente”, refere em declarações a O SETUBALENSE.

Em jeito de balanço de um mandato que está quase a fazer quatro anos o edil refere que as negociações foram feitas “com muita calma e tranquilidade, sem fazer muito alarme, para que não houvesse nada que pudesse estragar”.

Falando em exemplos concretos que, considera, têm “um impacto significativo e muito transformador no concelho”, refere o McDonald’s que já está operacional, mas adianta ainda outras propostas que vão também fixar-se no município.

“Um hotel [de três estrelas] com 60 quartos e com piscina, o retalho alimentar, a Mercadona que se vai também instalar no nosso concelho, também temos previsto neste caso a Mitiska, um investimento que é o maior até ao momento – 70 milhões de euros –, que tem a parte do retail mas também a parte de logística, são dois projectos distintos. Temos também outros investimentos na área social, nomeadamente junto ao Colégio Corte Real, tivemos o berçário, que mais que duplicou a capacidade para crianças no nosso concelho. Estamos a fazer ao lado a residencial sénior, é uma resposta também no terceiro sector, isso já é visível, já existe, não são intenções, se passarem por lá vêem a construção”.

Em cima da mesa está ainda um outro projecto, ainda que em fase embrionária, que foi referido durante o evento realizado pelo Jornal O SETUBALENSE, a Rádio PopularFM e a Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET). Trata-se da construção de mais de duas mil casas na zona da Fonte da Prata, que pode trazer não só novos moradores ao município como dar melhores condições àqueles que já vivem nesta localidade. Este é promovido pela empresa Capinha Lopes Consulting – Gestão e Administração de Projectos.

“Já há muitas pessoas a viver no concelho da Moita, por isso é que queremos que aquele projecto que se falou da Fonte da Prata possa avançar. Não está numa fase de maturidade ainda para que possamos falar dele com mais certezas, mas estamos a fazer tudo para que possa avançar, porque são mais de 2500 fogos para famílias se virem aqui fixar no concelho. Muitas delas já aqui moram – em casas sobrelotadas – e podem ali ter um espaço digno, como aqui foi dito, serão habitações de todo o tipo que se querem ali fazer naquele local para todos os estratos sociais”.

Todos estas novas valências vão colocar nos cofres do concelho cerca de 7 milhões de euros, que serão utilizados para o “reforço de infra-estruturas”. Carlos Albino considera que os novos investimentos vão trazer mais pessoas à Moita. “Vai trazer mais investidores e mais pessoas à Moita. Não há projectos de desenvolvimento sem pessoas, por isso, é uma coisa que está uma coisa ligada à outra”.