O Festival Marítimo de Pasaia – Pasaia Itsas Festibala – recebe em Maio uma comitiva da Moita para representar as tradições marítimas portuguesas no mundo
A Câmara Municipal da Moita acaba de assinar um protocolo com o município de Pasaia, do País Basco, para representar Portugal na 2ª edição do Pasaia Itsas Festibala, que se realiza de 28 de Maio a 1 de Junho.
Um evento dedicado às tradições e culturas ribeirinhas de todo o mundo, no qual vão estar representadas embarcações tradicionais de Inglaterra, Croácia, Rússia e de muitos outros pontos da Europa. Da Moita vão canoas e catraios, “e o convite já foi lançado a outros municípios vizinhos que também se têm dedicado a preservar as suas embarcações tradicionais e a gerar valor turístico e educativo em torno das mesmas. É o caso do município de Sesimbra, que já revelou estar interessado em acompanhar esta comitiva”, revela Rui Garcia presidente da Câmara Municipal da Moita.
O protocolo foi assinado na manhã de sábado entre o autarca e a alcadesa de Pasaia, Izaskun Gomes, que fez questão de referir a importância de “desenvolver a economia de forma sustentada através da história e das tradições”, sem esquecer o sucesso da primeira edição do festival, em Maio de 2018, “apesar de alguns condicionamentos urbanísticos e económicos, sendo mais importante nunca baixar os braços”.
A alcadesa recordou ainda a “grande comunidade portuguesa de Pasaia, que também contribui para este estreitamento de laços” e tem a certeza de que o evento “permitirá colocar Portugal num lugar cimeiro a nível mundial”.
Xavier Agote, da Associação Albaola, que integra a organização do festival, destacou ainda “um evento dedicado à história marítima” e anunciou o carácter solidário que envolve o Pasaia Itsas Festibala, “com algumas receitas a reverterem a favor de grupos de voluntários bascos, que estão a retirar refugiados do mar na costa da Grécia e a transportar alimentos para esta população”.
Durante uma manhã que reuniu cerca de 40 pessoas para homenagear o potencial das embarcações tradicionais do Tejo e o seu futuro foi ainda inaugurado um conjunto de painéis interpretativos frente ao Cais da Moita, onde Rui Garcia destaca a presença de “um museu vivo”.
“Quem vem de fora e passa pelo nosso cais vê as embarcações aqui e não sabe do que se trata, nem o que as mesmas estão a gerar”, motivo pelo qual o executivo da autarquia considera “mais necessário do que nunca ter um conjunto de painéis, em exposição permanente, para um encontro com a história das embarcações tradicionais do Tejo”. Exposição que permite conhecer melhor ex-líbris como o varino Boa Viagem, que agora realiza passeios de Maio a Outubro, “com os seus 47 lugares sempre esgotados”, afirma Rui Garcia.