Moita averba 9,3 milhões de resultado líquido negativo em 2024

Moita averba 9,3 milhões de resultado líquido negativo em 2024

Moita averba 9,3 milhões de resultado líquido negativo em 2024

Autarquia justifica resultado com aumentos de encargos salariais, fornecimentos e serviços externos e reconhecimento de depreciações

A Câmara Municipal da Moita registou um resultado líquido negativo de cerca de 9,3 milhões de euros em 2024.

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Segundo a autarquia, a despesa total ascendeu a 57,7 milhões de euros, repartida por 47,4 milhões de despesa corrente e 10,3 milhões de despesa de capital, que traduz o volume de obra executada.

A receita total cifrou-se nos 61,8 milhões de euros. A receita corrente foi de 49,8 milhões, ao passo que a receita de capital atingiu os 5,6 milhões. A estas somam-se a receita de passivos financeiros no valor de 2,2 milhões de euros e outras, entre as quais se inclui a transição do saldo de gerência do ano anterior, na ordem dos 6,3 milhões.

O município explica o resultado negativo com “o aumento dos encargos com pessoal”, “o crescimento dos fornecimentos e serviços externos” e “o reconhecimento de depreciações”.

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A autarquia salienta que registou entre 2022 e 2024 “um aumento de cerca de 5 milhões de euros nos encargos salariais, reflexo da transferência de competências do Estado Central para o município, bem como da actualização das remunerações da função pública, não integralmente compensada pelas transferências do Orçamento do Estado”.

Já a despesa com fornecimentos e serviços “aumentou cerca de 8,2 milhões de euros”. Parte deste acréscimo, sublinha, “está associada às novas competências assumidas, mas uma componente relevante resulta da actualização dos preços cobrados pela Amarsul e pela Simarsul”, que o município “optou por não repercutir de imediato nos tarifários, em protecção da capacidade financeira das famílias”.

“Dos 9,3 milhões de euros de resultado líquido negativo, cerca de 6,6 milhões correspondem a depreciações – registos contabilísticos do consumo de investimentos de anos anteriores, sem impacto directo na tesouraria”, adianta a autarquia, que garante apresentar uma “sólida situação financeira”. E justifica: “Em termos orçamentais, o município assegurou um saldo de gerência positivo de cerca de 6,2 milhões de euros para o exercício de 2025, o que atesta a sua estabilidade financeira.”

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Quanto aos investimentos realizados em 2024, a Câmara Municipal destaca “a requalificação da Avenida Marginal da Moita, a substituição da rede de distribuição de água da Quinta da Fonte da Prata, a instalação do Quiosque no Parque da Moita, a conclusão do Centro de Recolha Oficial de Animais Errantes da Moita (CROAE), a conclusão da Unidade de Saúde Familiar da Baixa da Banheira, a requalificação da Rua 5 de Outubro, na Moita, e do Moinho de Vento e do Largo da Feira, também na Moita, além da substituição da rede de águas da Vinha das Pedras e da renovação da drenagem de águas pluviais entre a Rua dos Marítimos e o Cais da Moita”.

A estas, o município acrescenta, no domínio da mobilidade e acessibilidades, “a expansão da Ponte e Via do Matão, a requalificação da Rua e Largo do Varino, a construção do Parque de Estacionamento ‘Park & Ride’ no Palheirão e do caminho pedonal para a Escola José Afonso, em Alhos Vedros, assim como o reforço de segurança nas ciclovias”.

Depois de aprovada na Câmara, a prestação de contas foi ratificada pela Assembleia Municipal, no passado dia 29, com 17 votos favoráveis (15 do PS e dois do BE) e três abstenções (de PSD, CDS e do independente Bruno Mendes), recolhendo dez votos contra da CDU.

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