Carlos Albino sublinha vontade de combater desigualdades
A União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira celebrou o Dia da União, no último sábado, no auditório do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, para assinalar a data em que, há nove anos, foi publicado o decreto-lei que reorganizou administrativamente este território, dando origem à actual terminologia que identifica ambas as localidades.
Além da anfitriã deste órgão autárquico, Bárbara Dias, o evento contou ainda com as presenças de Paulo Alfama, presidente da Assembleia de Freguesia, e do presidente da Câmara da Moita, Carlos Albino, que considerou que este dia, mesmo não tendo sido desejado por todos, celebra “a vontade de construir pontes e o querer realizar trabalho em prol da população”. Na altura, o autarca enalteceu “a força e a resistência” daquela comunidade em ultrapassar obstáculos, realçando que tudo fará para “atenuar as desigualdades” existentes.
“Nesta terra singular vai-se muitas vezes buscar coragem, força e resiliência, na parte mais profunda do ser, pois aqueles que aqui crescem, cedo percebem que a vida é desigual”, destacou. “Como autarcas cabe-nos combater as desigualdades e promover o igual acesso de oportunidades para que todos possam atingir o seu potencial”, acrescentou Carlos Albino. O autarca moitense referiu ainda a importância do trabalho conjunto da edilidade com a Junta, na construção de um futuro melhor, não apenas para “aqueles que agora chegam, mas, sobretudo, para os que aqui cresceram”, sublinhou.
Por sua vez, a presidente Bárbara Dias frisou que o actual território, outrora formado por duas freguesias autónomas, com identidades e culturas diferentes, acabaria por sair lesado de uma “reorganização a régua e esquadro que prejudicou e muitas as populações”. Na sua perspectiva, “é indubitável que mais cedo ou mais tarde nos debrucemos sobre a reposição das duas freguesias, a qual defendemos”, precisou.
Manter vivas as memórias e as pontes criadas
Durante a sua intervenção, a responsável realçou alguns dos aspectos que unem a Baixa da Banheira e o Vale da Amoreira. “Ambas têm desportistas de renome [e] valores de solidariedade vincados na sua génese”, disse, lembrando que as duas localidades “acolheram [e] acolhem pessoas que vieram em busca de oportunidadesr fim, assinalou que a vila banheirense é culturalmente rica. Terra de fadistas e de grupos de cantares alentejanos, é também o berço da banda Ibéria – que completa 35 anos de carreira –, e que foi brindada com uma medalha de mérito. Já o Vale da Amoreira destaca-se na área da arte urbana do grafitti, onde os artistas podem expressar-se livremente, embelezando as ruas da terra. “Independentemente do que o futuro nos possa reservar, queremos manter vivas as memórias e as pontes criadas pelas gentes desta União”, concluiu a autarca.
A animar a iniciativa, para satisfação de todos os presentes, esteve a Escola de Jazz do Barreiro e o Grupo Muzemza, com uma demonstração de capoeira que a todos encantou.