Os 90 candidatos que compõem as listas mostram-se dispostos a mudar o concelho
Na última quinta-feira, uma delegação de candidatos(as) do Bloco de Esquerda (BE), procedeu à entrega do processo de candidatura para as eleições autárquicas do próximo mês de Setembro, no Tribunal da Moita. Na ocasião, o partido informou que “foi garantida a paridade, sendo as listas constituídas por 90 candidatos e 32 suplentes, representam “uma equipa e um projecto” que diz estar disposto a “mudar o concelho no caminho do desenvolvimento e da modernidade sustentável”.
A candidatura de Joaquim Raminhos à presidência da Câmara da Moita e de António Chora àquela Assembleia Municipal, recorde-se, foi apresentada recentemente durante uma cerimónia realizada ao livre, no Parque das Salinas, em Alhos Vedros, que contou a presença da coordenadora nacional do partido, Catarina Martins.
Com o lema “Mais Bloco, Melhor Concelho”, os bloquistas moitenses dizem estar preparados para “romper com a inércia instalada há vários anos” na autarquia gerida pela CDU e “trilhar os caminhos de mudança e desenvolvimento” que propõem para o próximo mandato. “Queremos mais democracia, mais cidadania e participação dos munícipes na vida do poder local”, garantem.
Para o Bloco de Esquerda da Moita é ainda “urgente a requalificação urbana das zonas mais antigas de Alhos Vedros, Moita, Baixa da Banheira e Vale da Amoreira”, motivo pelo qual apresentam a proposta de aplicar o Plano Estratégico Local de Habitação Social, com vista a “facilitar o acesso [à] população mais necessitada”. Em comunicado, os bloquistas destacam também que “defenderemos a aplicação automática da tarifa social da água, de modo a facilita o seu alargamento a muito mais famílias carenciadas”.
Relativamente a espaços verdes e jardins, o Bloco defende que estes locais sejam “mais cuidados e dinamizados, como espaços de lazer da população”, sendo que, em matéria de ambiente pretendem “resolver de uma vez por todas o problema dos esgotos a céu aberto”.
Com a presente candidatura, o BE pretende igualmente “incentivar as potencialidades turísticas” do concelho, nomeadamente, nas freguesias de Gaio-Rosário e em Sarilhos Pequenos. Outra das propostas passa pela “valorização da zona ribeirinha, promovendo a reconstrução de muralhas destruídas, o desassoreamento do rio, criando mais locais de embarque [e] desembarque de embarcações tradicionais”, uma das principais actividades daquele território.
O Bloco reclama ainda a implementação de um Projecto de Apoio às Hortas Urbanas, como forma de humanização e de gerar dinâmicas de outras prácticas de vida e de impacto económico, social e cultural. As acções propostas pelo partido incluem ainda o alargamento da rede de ciclovias “incentivando a práctica da bicicleta, como uma modalidade de mobilidade amiga do ambiente”, sublinham. “Reforçaremos o apoio à cultura e ao desporto, elegendo o Movimento Associativo como um parceiro privilegiado”, acrescentam, defendendo ainda o bem-estar animal, apoiando e colaborando com associações de defesa e abrigo de animais, assim como “mais qualidade de vida para quem aqui vive e trabalha”, concluem.