Concelhias de BE e PS trocam acusações sobre “acordo” pós-eleitoral

Concelhias de BE e PS trocam acusações sobre “acordo” pós-eleitoral

Concelhias de BE e PS trocam acusações sobre “acordo” pós-eleitoral

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Bloquistas e socialistas têm versões diferentes e entraram em guerra de comunicados

A revelação de Carlos Albino, presidente da Câmara Municipal da Moita, de que o PS fez com o Bloco de Esquerda (BE) um acordo pós-eleitoral continua a motivar troca de galhardetes entre as estruturas locais dos dois partidos.

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Em comunicado enviado à redacção de O SETUBALENSE, a concelhia do BE não poupa críticas à posição assumida pelos socialistas, também em comunicado. “A propósito do comunicado emitido pelo PS consideramos que constituiu uma trapalhada, recheado de delírios e mentiras, que nada esclarece, continuando a chamar acordo a uma conversa informal, onde foram lançados convites aos autarcas eleitos do BE, para exercerem funções nos diversos órgãos autárquicos do nosso concelho. A concelhia do BE Moita clarifica e reafirma que para haver um acordo tem de haver pontos de entendimento, compromissos de ambas as partes, documento em papel e assinaturas. Nada disso existe”, afirmam os bloquistas.

A estrutura do BE reafirma, por outro lado, “total confiança no dirigente Joaquim Raminhos, pelo seu trabalho político e cultural, comprovado ao longo de todos os anos e reconhecido a nível local, distrital e nacional”.

“Com o seu afastamento das funções de coordenador pedagógico da UniSeM, pelo presidente Carlos Albino e executivo camarário, alegando falta de confiança política, exerceram uma retaliação política, constituindo um grave atropelo aos valores da democracia. Condenamos veementemente esta atitude de arrogância e também uma falta de respeito para com os alunos e professores que estão envolvidos neste projecto da UniSeM”, afirmam os bloquistas, que dão “por encerrada” esta polémica.

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Antes, a concelhia do PS havia emitido um comunicado a considerar inaceitável “a falta de palavra, pois mina a credibilidade e destrói a confiança”. “Em política, essa quebra de confiança tem consequências ainda mais graves. E foi precisamente isso que aconteceu: o representante do BE no concelho da Moita mentiu. Sem confiança, torna-se impossível construir trabalho conjunto, especialmente quando quem falha insiste em continuar a fugir à verdade. Joaquim Raminhos fez a sua escolha no dia em que, por motivos ainda por esclarecer, decidiu criar uma narrativa falsa em torno do acordo autárquico entre o PS e o BE”, lê-se no comunicado socialista.

O PS reitera, no documento, que a reunião com o BE para o efeito “foi marcada, com data, hora e local definidos (sede da CACAV, sugerido pelo BE)”. E vai mais longe: “Presentes na reunião estavam Joaquim Raminhos, pelo BE, e o presidente da concelhia do PS, acompanhado pela presidente da União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira. Ficou acordado que o BE ficaria com as presidências das assembleias de freguesia onde tivesse elegido representantes (Alhos Vedros, Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, e Moita), bem como com a posição de 1.º secretário na Assembleia Municipal. A União de Freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos ficou de fora, uma vez que o BE não elegeu qualquer autarca”, explicam os socialistas, que a terminar lembram que a presidente da Junta de Baixa da Banheira/Vale da Amoreira, eleita pelo PS, confirmou o acordo.

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