19 Maio 2024, Domingo

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Circuito de interpretação renovado no Sítio das Marinhas

Circuito de interpretação renovado no Sítio das Marinhas

Circuito de interpretação renovado no Sítio das Marinhas

Painéis existentes foram substituídos por novas gravuras pelo percurso situado à beira-Tejo

 

O município da Moita decidiu renovar, recentemente, os painéis do circuito de interpretação no Sítio das Marinhas, na freguesia do Gaio-Rosário, que dão a conhecer aos visitantes e à população local a fauna e flora daquele local do estuário do Tejo, assim como as próprias salinas ali existentes.

O espaço, recorde-se, foi criado pela autarquia local a partir de uma salina recuperada, que actualmente funciona como Centro de Interpretação Ambiental do concelho. No interior do equipamento encontra-se uma exposição, bem com um conjunto de painéis interpretativos do espaço, no exterior daquela estrutura, que foram agora renovados com “indicações, gravuras e imagens acerca das marinhas no contexto da história e património locais e no âmbito do património natural do estuário do Tejo”, explica a câmara municipal.

Refira-se que a zona ribeirinha concelhia é maioritariamente classificada como Reserva Ecológica Nacional, sendo na sua maior parte constituída por “antigas salinas, sapais, caniçais, lodos e areias”.

Apesar de já não estarem em funcionamento para extração do sal, exceptuando o próprio Sítio das Marinhas e apenas com uma finalidade pedagógica, segundo a edilidade moitense, estas áreas continuam a ser “um excelente habitat para a avifauna aquática do estuário”, que ali encontra refúgio, alimentação ou um local para reprodução e nidificação.
Durante o ano e sobretudo nos meses do Outono e Inverno, naquele espaço é ainda possível “observar-se uma grande quantidade de aves na zona ribeirinhas”, muitas das quais protegidas por directrizes europeias.

Conjunto interessante de espécies de aves

No Sitio das Marinhas é possível observar com alguma facilidade, um conjunto interessante de espécies de aves, tanto dentro dos reservatórios da zona de lodo exterior, como nas antigas marinhas adjacentes.

Exemplo disso são a Perna-longa e o alfaiate, o flamingo comum, a garça-real e a garça-branca-pequena. O espaço é ainda utilizado pelo pilrito-comum, maçarico-de-bico-direito, pelo colheireiro, o borrelho-de-coleira-interrompida e pelo corvo-marinho. A estas espécies de aves juntam-se também o guincho-comum, a gaivota-de-asa-escura e a gaivota-argêntea, além do pato-real, galinha-de-água e o galeirão-comum.

Globalmente, o Sítio das Marinhas é considerado um equipamento singular no âmbito da preservação e promoção do património cultural e natural pela perspectiva integrada que proporciona da “história e do ambiente, do homem e do território, de um espaço humanizado”, acrescenta a autarquia, com a reconstrução de muralhas e de uma salina “em perfeito equilíbrio com uma paisagem de marés, de salgados e sapais, de diversidade animal e vegetal”, acrescenta. A área pode deste modo ser desfrutado “de forma lúdica e aprazível ou com sentido heurístico”.

O Sítio das Marinhas inspira os visitantes ao “reencontro com a memória colectiva de uma cultura que transcende a história da Moita, se precipita sobre o curso do Tejo e se alcança em algo tão fundamental à vida como o sal e a natureza”.

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