Imaginação dos alunos foi fundamental para a elaboração de textos
O cais da vila moitense recebeu na última semana, o lançamento do livro “Gregório, o Golfinho e o Varino das Histórias – Recolha de Histórias nas Escolas do Concelho da Moita”, numa publicação que está agora disponível para consulta nas bibliotecas municipais espalhadas por este município, tendo o presidente da autarquia, Rui Garcia, considerado que esta “é uma riqueza inestimável que estamos aqui a preservar”, relativamente ao “valor insubstituível que tem o estuário do Tejo”.
Para o autarca, aquela é uma das zonas estuarinas “mais importante da Península Ibérica e da Europa”, por toda a biodiversidade e “com tudo o que contribui para a sustentabilidade das pescas”. O edil acrescentou que esta sempre foi “uma base de actividades económicas importante para o crescimento e desenvolvimento desta região”, frisou.
Na sua perspectiva, todos estes valores ambientais estão associados à cultura “que marca estas terras ribeirinhas”, lembrando que defender o estuário “é defender a cultura, o ambiente, a nossa identidade, a sustentabilidade económica de muitas famílias e de importantes ramos de actividade”, num objectivo que a câmara tem “procurado promover, contribuindo para a preservação ambiental”, designadamente, através do tratamento de efluentes.
“O regresso dos golfinhos ao Tejo é um indicador da melhoria da qualidade da água do nosso estuário”, afirmou Rui Garcia, recordando que a autarquia tem “apostado fortemente na valorização da cultura ribeirinha através dos seus barcos e das diversas expressões que esta cultura assume”. O edil realçou também ser necessário continuar a valorizar este património, com “a preservação desta riqueza contra todas as ameaças como a da construção de um aeroporto no meio do estuário”, sublinhou.
Recorde-se que a história da obra, lançada ao ar livre, conta a aventura de um Golfinho que, seguindo um dos marítimos daquela vila, chegou ao Cais da Moita e “estabeleceu uma relação afectiva” com as gentes do concelho, servindo de mote para a acção desenvolvida pelo serviço educativo, dinamizada pela câmara nos estabelecimentos escolares de todos os graus de ensino.
A comunidade educativa, refira-se, trabalhou as questões do património local e ambiental, tendo valorizado a narrativa oral e a componente escrita, o que incentivou à “imaginação dos alunos para a elaboração de textos” que se reuniram nesta publicação. Presentes na apresentação estiveram anda a escritora Fátima Effe, a ilustradora Andreia Valente e o Mestre do Varino João Gregório, assim como Elizabete Carvalho, coordenadora da rede de Bibliotecas Escolares do concelho.