26 Junho 2024, Quarta-feira

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Autarcas de Montijo e Moita condenam TST e pedem intervenção da AML

Autarcas de Montijo e Moita condenam TST e pedem intervenção da AML

Autarcas de Montijo e Moita condenam TST e pedem intervenção da AML

Concelhias do PCP também criticam “lay-off’ da transportadora e exigem reposição

 

O presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, e a autarquia da Moita, presidida por Rui Garcia, assim como as concelhias comunistas de ambos os territórios, já vieram repudiar a supressão de carreiras feita pela TST desde quinta-feira passada.

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O grupo Arriva, que detém a transportadora, colocou em “lay-off” 68% dos seus 1 500 colaboradores em Portugal. E a TST decidiu eliminar várias carreiras, entre as quais as de ligação a Lisboa, face aos “efeitos desastrosos”, justificou, provocados pela actual conjuntura pandémica.

Para o socialista Nuno Canta a adesão da TST ao “lay-off” constitui uma violação ao contrato que a empresa assumiu com a Área Metropolitana de Lisboa (AML). E o edil fez saber que considera “inaceitável” a posição adoptada pela transportadora.

Nuno Canta enviou um ofício à AML (entidade responsável pela gestão do transporte público de passageiros) “a solicitar intervenção imediata junto da TST, por forma a garantir que as carreiras de ligação do Montijo a Lisboa não sejam suprimidas” para que “não seja negado o direito constitucional dos montijenses à mobilidade”, revelou a autarquia nas plataformas digitais que administra, na véspera da adesão da empresa ao “lay-off”.

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Moita exige reposição

Na Moita, a Câmara Municipal aprovou no mesmo dia, por unanimidade, uma moção a exigir à TST a reposição imediata da carreira 333.

“Não podemos aceitar que, a coberto de uma situação de emergência, uma empresa concessionária do transporte de passageiros aproveite para reduzir custos operacionais, invocando uma lógica de oferta e da procura, afastando-se assim dos especiais deveres de serviço público a que está obrigada”, pode ler-se na moção. A Câmara da Moita decidiu também intervir junto da AML “para que esta actue” no sentido de poderem ser repostas “as carreiras agora suprimidas”.

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“Vergonhoso” e “à revelia”

As concelhias de Moita e Montijo também emitiram comunicados a criticar a decisão da administração da TST.

No Montijo, os comunistas classificam a supressão por tempo indeterminado das carreiras 431, 435, 437 e 453 como “vergonhosa”, exigindo a “urgente reposição” das mesmas.

Na Moita, a estrutura local do PCP considerou os cortes inaceitáveis.

“Uma decisão que, além de gerar mais riscos de propagação da epidemia, priva os utentes do direito ao transporte e sujeita-os a riscos desnecessários para a sua saúde. Uma decisão que afecta também os trabalhadores da empresa reduzindo-lhes ainda mais os seus já baixos salários”, lembra esta concelhia comunista, realçando que a decisão da empresa foi tomada “à revelia” da AML e dos municípios.

A TST opera nos concelhos de Almada, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Palmela, Barreiro, Moita, Montijo, Alcochete e Lisboa.

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