Artista do concelho abordou temáticas do património natural e vivências na AML
O artista do concelho da Moita Pedro Pinhal, já deu por terminada a pintura de um mural na cidade de Lisboa, num dos acessos à ponte pedonal da Calçada de Carriche, tendo sido sorteado para elaborar este trabalho na capital, na sequência da iniciativa cultural em rede Mural 18.
A pintura, que contou com o apoio da Galeria de Arte Urbana (GAU) e das Câmaras de Lisboa e da Moita, aborda “temas alusivos ao património natural, identidades e vivências comuns no território da Área Metropolitana de Lisboa (AML), representados por elementos referentes à fauna, flora e figura humana”.
De acordo com a autarquia moitense, o “chapim-real e o chapim-azul foram os dois elementos escolhidos para representar a fauna”, por tratarem-se de aves comuns na região de Lisboa e Vale do Tejo, que podem ser observadas em parques e jardins de zonas urbanas, tais como as serras de Sintra, Monsanto e Arrábida, para além da zona de Pancas, no estuário do Tejo.
Para representar a flora, Pedro Pinhal escolheu as flores de uma planta exótica, mais conhecida pelos nomes comuns de “estrelícia” ou “ave-do–paraíso”, igualmente presente em diversos jardins e espaços verdes da região.
“A presença de duas crianças num cenário composto por elementos relativos à fauna e flora pretende, não só representar a necessidade de uma conexão com a natureza”, mas também, com “parte de uma identidade originada pelos movimentos de imigração decorridos ao longo de décadas em diversos territórios da AML”, explica o município.
Deste modo, as duas crianças simbolizam “os filhos de uma imigração que, na maioria das vezes, crescem e convivem com diferentes comunidades nos chama–dos Bairros Sociais, onde a partilha de culturas e costumes surge como forma de inclusão e de afirmação”.
Naquele mural estão também representados elementos inspirados nos padrões de azulejos. Recorde-se que, através do Mural 18, que resultou de uma candidatura apresenta–da pela AML e os seus 18 municípios ao Programa Operacional Regional de Lisboa 2020, está em desenvolvimento “uma vasta programação cultural, que une agentes culturais, municípios e cidadãos, em defesa da comunidade artística” e do património cultural, imaterial e material.
Intervenção terminada no Vale da Amoreira
Entretanto, também na Rua das Tulipas, na freguesia do Vale da Amoreira, está concluído o mural pinta–do pelo artista Gustavo São Pedro. A intervenção artística de arte urbana inseriu-se no mesmo projecto cultural, sob o mote “muralizados no apoio à cultura”.
Através da sua mensagem de esperança e força transformadora do sonho, a pintura do concelho da Moita pretendeu “inspirar crianças e adultos, contribuindo para o bem-estar mental da população, tão importante neste contexto pandémico”, realça a autarquia.
A obra de arte em causa, numa das fachadas de um prédio ali situado, contribuirá “para a divulgação do Vale da Amoreira, uma vez que vai integrar um roteiro online de arte urbana que será divulgado a nível internacional. A edilidade adianta que a importância da iniciativa, enquanto acto social, visa “a apropriação, a criação de identidade do espaço e a valorização da cultura na rua que estará acessível a todos”, conclui.