Deputada social-democrata coloca candidatura como reflexo “do trabalho que tem sido feito” pelo PSD na assembleia municipal “nos últimos 12 anos”
A atual deputada na Assembleia da República Sónia dos Reis, de 48 anos, é a cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP à Câmara de Grândola nas próximas eleições autárquicas, foi hoje divulgado. A candidata, licenciada em Relações Internacionais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), exerceu funções de deputada do PSD/CDS-PP pelo círculo eleitoral de Setúbal, em 2015, e voltou a ser eleita, em 2024 e 2025, para a Assembleia da República.
Natural de Grândola, onde reside atualmente, a cabeça de lista da coligação explicou hoje à agência Lusa que a sua candidatura é o reflexo “do trabalho que tem sido feito” pelo PSD na assembleia municipal deste concelho “nos últimos 12 anos”. “Assuntos importantes como a questão da Mina da Lagoa Salgada, da pressão turística, da falta de fiscalização da nossa costa têm sido bandeiras que temos abraçado, chamando a atenção [e] exigindo do executivo soluções, porque estávamos a ver o nosso município a caminhar para o atual estado de coisas”, destacou.
Sonia dos Reis, que é também empresária, argumentou à Lusa que o concelho de Grândola, cujo executivo municipal é de maioria comunista, “precisa de [um] desenvolvimento sustentável” que “não ponha em risco a saúde e a segurança das pessoas”. “Precisamos de um desenvolvimento que seja benéfico para a população local, que traga emprego, oportunidades de futuro e que não seja mais um PIN [Projeto de Interesse Nacional], daqueles que herdámos do PS, que venha depois com suspeitas de que nem tudo está bem”, defendeu.
A candidata prometeu dar especial atenção ao comércio local, enquanto “franja fundamental da economia”, e apoiar o setor agrícola, os bombeiros e as Instituições Particulares de Solidariedade Social. A habitação, o apoio ao tecido empresarial e social, reforço das forças de segurança e socorro e a mobilidade serão eixos prioritários da sua candidatura.
E, frisou, é necessário “deixar cair as barreiras ideológicas e trabalhar numa parceria bastante articulada e estreita com o Governo” em “programas que possam beneficiar a região”, como a Estratégia Local de Habitação. “Temos de devolver a nossa vila e o nosso concelho aos grandolenses, procurando um ponto de equilíbrio entre quem nos visita e os agentes económicos, que são bem-vindos, com a questão da água e dos recursos naturais”, sustentou.
Além de propor “um real estudo da disponibilidade da água”, em parceria com o Ministério do Ambiente e da Energia, a candidata defendeu a possível instalação de uma dessalinizadora no território. Esta é a quarta candidatura anunciada à Câmara de Grândola, liderada por António Figueira Mendes (CDU), que já não se pode recandidatar devido à lei de limitação de mandatos.
São também candidatos Fátima Luzia, pela CDU, Luís Vital, pelo PS, e Hugo Constantino, pelo Chega. No atual mandato, o executivo da Câmara de Grândola é composto por quatro eleitos da CDU e três do PS. As eleições autárquicas estão agendadas para 12 de outubro.