Projecto de arqueologia comunitária vai contar com 12 jovens no âmbito do programa “Bora lá Bulir”
O projecto de reabilitação e escavação do Monumento Megalítico do Lousal, em Grândola, foi apresentado no início do mês e já está em execução, mas a autarquia quer envolver os munícipes neste que se tornou agora um projecto de arqueologia comunitária.
Aos técnicos municipais vão juntar-se outros 12 jovens, no âmbito do programa “Bora lá Bulir” – que ocupa os tempos livres dos mais novos –, mas qualquer pessoa interessada na iniciativa, pode participar.
“Vamos ter um total de 12 jovens, divididos em dois grupos, nos trabalhos de escavação, que terão oportunidade de contribuir para este projecto de arqueologia comunitária e também para a sua formação arqueológica, geológica, histórica e biológica”, adiantou Nuno Inácio, arqueólogo da Câmara Municipal de Grândola.
Esta iniciativa vai “permitir a visitação livre e desimpedida ao local e facilitar a leitura e compreensão da monumentalidade do conjunto, possibilitando assim o seu usufruto social e pedagógico”, como explica a autarquia em nota de Imprensa enviada à redacção de O SETUBALENSE.
O arqueólogo explica ainda que as investigações arqueológicas vão procurar elementos que possam contar a história do monumento.
“Com estes trabalhos vamos tentar identificar alguns contextos que podem não ter sido escavados e dissipar algumas dúvidas relativamente à construção e à arquitectura do monumento, ou seja, [torná-lo] mais visível e, quem sabe, encontrar alguns contextos arqueológicos ainda preservados que permitam contar ainda um pouco da história que está por contar acerca desse monumento megalítico”.
“Com esta requalificação, pretendemos que o monumento fique desimpedido e livre para usufruto pedagógico e científico”, sendo um complemento da antiga aldeia mineira do Lousal que se transformou numa “aldeia museu, com um museu mineiro e um centro de Ciência Viva”, frisou. As escavações decorrem até 28 de Julho. Com Lusa