Museu Mineiro em Grândola reabre com novas ferramentas interactivas e realidade virtual

Museu Mineiro em Grândola reabre com novas ferramentas interactivas e realidade virtual

Museu Mineiro em Grândola reabre com novas ferramentas interactivas e realidade virtual

Espaço está instalado no edifício da antiga Central Eléctrica da empresa de exploração ‘Mines et Industries’

O Museu Mineiro do Lousal, no concelho de Grândola, reabriu ao público, após “profundas obras de requalificação”, no valor de 1,2 milhões de euros, que dotaram o equipamento de ferramentas interactivas, realidade virtual e acesso universal.

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Em comunicado, o município de Grândola, explicou que o Museu Mineiro do Lousal, inaugurado em 2011, está instalado no edifício da antiga Central Eléctrica da empresa de exploração ‘Mines et Industries’.

Segundo a autarquia, o equipamento integrou o “acervo documental da empresa” e a “colecção de equipamentos, máquinas, ferramentas, mobiliário e outros objectos”, dando a conhecer “a história da mineração e o quotidiano da vida e do trabalho dos mineiros ao longo dos seus 88 anos de exploração da mina no século XX”.

Vinte anos após a inauguração, o edifício e o espaço expositivo, ambos a necessitar “de uma intervenção”, foram alvo de obras de requalificação com o objectivo de assegurar “a sua conservação”, assim como a “modernização do espaço e das unidades expositivas”, acrescentou.  

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As obras incluíram “o restauro” de todo o edifício e a construção de “uma nova sala, de carácter multifuncional, onde serão desenvolvidas iniciativas incluídas do plano de actividades dos serviços educativos do Museu Mineiro do Lousal, a apresentação de exposições temporárias e a realização de palestras e conferências relacionadas com diferentes temáticas”.

A requalificação contemplou ainda a “definição do novo discurso expositivo do museu, além da actualização e reforço das unidades expositivas já existentes – Central de Compressores, Central de Geradores, Exposição de Maquetes de Modelos de Minas do séc. XIX e Casa de Saúde”, indicou o município.

Foram igualmente criadas novas áreas de visitação designadas Fundo da Mina, Serviços Geológicos, Laboratório Químico e Comunidade Mineira, “que reflectem diferentes aspectos relacionados com os serviços e a actividade mineira, bem como com a componente social desta antiga mina de exploração de pirite”.

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No que respeita às ferramentas e à linguagem de comunicação, os responsáveis optaram pelo “recurso ao 3D”, com espaços e equipamentos em ecrãs interactivos, nas áreas expositivas, permitindo aos visitantes o acesso “a informação específica relacionada com aspectos técnicos, com a história e o propósito de utilização destes equipamentos em contexto mineiro”. 

Entre as novidades está a introdução de “um sistema de realidade virtual”, que permite aos visitantes participarem numa descida “ao interior da Mina do Lousal”, além das visitas orientadas que podem ter o acompanhamento de um robot.

O público pode escolher entre as visitas orientadas por funcionários da Associação Centro Ciência Viva do Lousal ou solicitar a companhia de um robot, baptizado FeS2 (fórmula química da pirite, minério explorado no Lousal), que fará a apresentação das áreas expositivas, revelou.  

Para o presidente da direcção da Associação Centro Ciência Viva do Lousal, Jorge Relvas, citado no comunicado, a intervenção “visou a preservação e valorização do património industrial, material e imaterial, ao mesmo tempo que acrescentou vectores de comunicação em torno da ciência e tecnologia”.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes, também citado na nota, sublinhou o trabalho que tem sido realizado no Lousal, transformando aquela aldeia mineira “num polo de desenvolvimento cultural”.

No seu entender, isto permite enriquecer “o património e a história do concelho” e manter “viva a memória colectiva da actividade mineira, dos mineiros e dos seus familiares”.

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