Grândola reforça luta por duas novas zonas balneares em praias do concelho

Grândola reforça luta por duas novas zonas balneares em praias do concelho

Grândola reforça luta por duas novas zonas balneares em praias do concelho

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“As pessoas deixam os carros junto à estrada, atravessam as dunas, destroem os habitats e vão para praias sem segurança”, diz António Figueira Mendes

António Figueira Mendes, presidente da Câmara Municipal de Grândola, defende a criação de duas novas zonas balneares em praias do concelho, a revisão da capacidade autorizada de outras e a construção de mais estacionamento.

“É uma reivindicação antiga que, à medida que o tempo passa, está mais actualizada”, tendo em conta “a procura cada vez maior pelas praias” deste concelho do litoral alentejano durante a época balnear, sublinhou o autarca em declarações à agência Lusa, na passada terça-feira.

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Figueira Mendes, que reclama a criação de “mais duas praias” no concelho, com os respectivos apoios para os banhistas, lamentou ainda “não ter respostas” adequadas “em termos de estacionamento” e defendeu a revisão “da capacidade de carga de cada uma das praias” definidas como zonas balneares. “Deixamos à consideração das entidades responsáveis” a escolha do melhor local para a criação de “pelo menos mais duas praias”, no sentido de “atenuar a procura que temos e sobretudo a concentração em algumas das zonas balneares existentes”, disse.

Em vésperas do arranque de mais uma época balnear, Figueira Mendes sustentou que os banhistas que procuram aquele território “não têm condições para irem à praia, porque não têm onde estacionar”, por falta de locais apropriados. Os estacionamentos das praias da Comporta, Carvalhal e Pego, “além de serem pagos, são insuficientes para a procura que essas praias têm, porque, por muito que se diga que a capacidade de carga é de ‘x’, não há nenhum controlo para impedir as pessoas de irem àquela praia”, argumentou. “As pessoas deixam os carros junto à estrada, atravessam as dunas, destroem os habitats e vão para praias sem segurança”, exemplificou o autarca.

Acordo sem papel

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Figueira Mendes criticou ainda o “impasse” criado pela revisão do Programa da Orla Costeira Espichel-Odeceixe (POC-EO), cujo processo se arrasta “há 13 ou 14 anos”.

Em comunicado, o município divulgou que, no âmbito da revisão do POC-EO, “deu um parecer desfavorável” à proposta que esteve em discussão pública, considerando que “as propostas de frentes de praia, classificações e dotações não darão resposta à procura que se regista e que é crescente”.

À Lusa, o autarca disse que “há um acordo entre a Câmara, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA)” para “aumentar o estacionamento existente na praia da Comporta e criar um novo estacionamento na parte sul do parque de campismo da Galé”.

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“Temos essa indicação, mas no papel não está nada escrito que vão ser aprovados [aqueles estacionamentos], porque, do ponto de vista legislativo, não está previsto que ali sejam criados esses parques”, acrescentou.

Para a autarquia, o POC-EO é “um instrumento de ordenamento desactualizado e desadequado à resolução dos problemas a que deveria dar resposta”. “Por isso, irá perpetuar a utilização balnear existente no litoral alentejano de natureza informal, em troços significativos da costa (desprovida de condições de segurança), de deficientes condições de acessibilidade, de estacionamento desregrado nas envolventes das praias, muitas vezes em situações de risco para a segurança pública e para a salvaguarda ambiental”, lê-se no comunicado.

A concluir, a autarquia faz notar que aguarda com “elevada expectativa” que o documento final “dê resposta às diversas necessidades identificadas”.

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