Grândola atribui eficiência financeira ao equilíbrio “das receitas e das despesas”

Grândola atribui eficiência financeira ao equilíbrio “das receitas e das despesas”

Grândola atribui eficiência financeira ao equilíbrio “das receitas e das despesas”

Presidente da Câmara satisfeito com dados, mas não quer “embandeirar em arco” por essas razões

O presidente da Câmara de Grândola, António Figueira Mendes, disse hoje estar “satisfeito” com os bons resultados da autarquia no ‘ranking’ de eficiência do Anuário Financeiro dos Municípios, atribuindo-os ao equilíbrio “das receitas e das despesas”.

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“Sentimo-nos satisfeitos por esses dados, mas devo dizer que não embandeiramos em arco por essas razões”, afirmou à agência Lusa o autarca.

Segundo o presidente do município de Grândola, tem existido “algum cuidado em equilibrar as receitas e as despesas”, o que disse considerar “fundamental para garantir a capacidade de investimento em iniciativas a longo prazo sem comprometer a sustentabilidade”.

António Figueira Mendes reagia à Lusa aos dados do Anuário Financeiro dos Municípios de 2023, divulgado esta terça-feira, que coloca a Câmara de Grândola, com 1.687 pontos, à frente da lista de municípios pequenos com melhores resultados no global dos índices.

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Já as câmaras de Sintra e Abrantes obtiveram as melhores pontuações nos respectivos ‘rankings’ dos municípios de grande e média dimensão com melhor eficiência financeira em 2023, de acordo com o anuário.

Os ‘rankings’ foram elaborados com base na pontuação obtida pelos municípios em 10 indicadores, para um máximo de 1.900 pontos, relativos a eficiência e eficácia financeira, como a liquidez, o peso do passivo exigível no activo, o passivo por habitante e os impostos directos por habitante.

Nas declarações à Lusa, o autarca de Grândola atribuiu os resultados também às “receitas que têm sido arrecadadas nos últimos anos”, reconhecendo que “não serão permanentes”, pelo que é necessário “equilibrar” as contas com prudência.

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“Temos a consciência perfeita de que, nos próximos anos, esta receita não se irá manter e, portanto, não estamos a esbanjar, estamos a equilibrar”, afirmou, acrescentando que, para gerir esta receita, é necessário “sermos prudentes”.

Segundo Figueira Mendes, estes recursos “vão permitir investir em áreas prioritárias”, como a “educação, habitação, cultura [e] infra-estruturas, fomentando o desenvolvimento da comunidade, sem prejudicar a saúde financeira do município”.

“Estamos a controlar a dívida e, neste momento, não temos dívidas de médio/longo prazo. Isso permite-nos reduzir os custos financeiros a longo prazo e evitar endividamentos excessivos”, frisou.

Questionado sobre a origem das receitas obtidas que contribuíram para a ‘saúde’ financeira do município, António Figueira Mendes apontou o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT).

“Deve-se sobretudo a toda esta situação que se viveu, nos últimos anos, em Grândola, no sector imobiliário, com alguma especulação imobiliária à mistura. Todos esses negócios já foram feitos e temos a perfeita consciência de que essa receita, nos próximos dois a três anos, vai baixar”, afirmou.

Por isso, reforçou, a autarquia deve estar precavida “para não ter nenhum percalço no meio do percurso”.

O autarca de Grândola garantiu ainda que estes resultados reflectem-se em vários investimentos, dando o exemplo da habitação, que “é uma preocupação local e nacional”.

“Além da candidatura ao PRR [Programa de Recuperação e Resiliência], esta folga financeira permitiu-nos comprar terrenos em Melides e Grândola para habitação a custos controlados”, ilustrou, aludindo ainda a outras obras projectadas para o futuro.

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