GEOTA apela à rejeição da proposta de revisão do PDM de Grândola

GEOTA apela à rejeição da proposta de revisão do PDM de Grândola

GEOTA apela à rejeição da proposta de revisão do PDM de Grândola

Câmara Municipal de Grândola

Grupo argumentou que “as alterações propostas” no âmbito do PDM, que esteve em consulta pública dia 14, “irão agravar a pressão turística”

O Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) apelou esta segunda-feira à rejeição da proposta de revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Grândola por considerar que vai “agravar a pressão turística” neste território.

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Em comunicado, o GEOTA argumentou que “as alterações propostas” no âmbito do PDM, que esteve em consulta pública dia 14, “irão agravar a pressão turística” no concelho de Grândola “comprometendo a sustentabilidade ambiental e social da região”.

Entre as principais preocupações do GEOTA está “o número de camas já aprovadas, o aumento desproporcionado de camas turísticas, a ausência de avaliação ambiental estratégica” e os “impactos cumulativos ignorados”.

“O número de camas [turísticas] já hoje aprovado para o concelho excede o valor previsto no PDM vigente e o número previsto no planeamento regional”, nomeadamente no Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo (PROTA), defendeu.

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Segundo o GEOTA, o “aumento de 15% na capacidade turística do concelho” de Grândola inclui “a importação” de camas dos municípios vizinhos de Odemira [no distrito de Beja] e Santiago do Cacém” e “agrava a sobrecarga sobre os recursos naturais e infra-estruturas locais”.

“Apesar das evidências de pressão significativa sobre o território, a Câmara Municipal de Grândola isentou o plano de uma avaliação ambiental, alegando que as alterações não teriam impactos relevantes”, realçou.

No comunicado, o GEOTA disse discordar da ausência de avaliação ambiental estratégica, sublinhando que “o crescimento das actividades turísticas terá inevitavelmente impactos graves, especialmente em áreas sensíveis como a Rede Natura 2000 que ocupa grande parte do litoral do concelho” de Grândola.

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Para o grupo de estudos, “os projectos turísticos em curso, combinados com a expansão agrícola intensiva na região, estão a provocar uma crescente escassez de água e degradação ambiental”.

“A revisão do PDM falha em endereçar estes problemas, negligenciando a necessidade de uma abordagem integrada e holística à gestão dos recursos naturais”, acrescentou.

Por isso, no comunicado, a organização ambientalista instou a Câmara Municipal de Grândola “a reconsiderar a revisão do PDM, suspendendo novos licenciamentos até que seja realizada uma avaliação ambiental detalhada”.

No entender do GEOTA, “é necessário também envolver activamente a população na discussão sobre o futuro do turismo na região, promovendo a transparência e o acesso a informações claras e compreensíveis”.

“O turismo sustentável é possível, mas requer um planeamento cuidadoso e equilibrado que respeite os limites ambientais e as necessidades da comunidade local”, alegou.

Por isso, o GEOTA concluiu que “a proposta actual de revisão do PDM não cumpre estes critérios e “deve ser rejeitada”.

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