O autarca vai ser recebido por Isabel Oneto ainda neste mês e quer ver o processo tratado com urgência
António Figueira Mendes, presidente da Câmara Municipal de Grândola, vai sentar-se à mesa com a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, para “tentar resolver o impasse no processo de requalificação das instalações” da GNR na Vila Morena, anunciou a autarquia. A governante acedeu agora a um pedido de audiência efectuado em Maio último e vai receber o autarca no próximo dia 27.
Segundo a edilidade, o quartel da GNR encontra-se “há vários anos em elevado estado de degradação”, situação que o executivo “tenta resolver desde que entrou em funções em Outubro de 2013”.
Face às actuais condições do imóvel, Figueira Mendes considera que a tutela tem de tomar uma decisão urgente. Até porque, a situação tem vindo a arrastar-se sucessivamente.
“Tendo em conta o impasse existente, sem qualquer contacto por parte do ministério desde o mês de Maio, e com a chegada de mais um Inverno – que vai agravar ainda mais a situação precária em que os militares se encontram a trabalhar –, o Ministério da Administração Interna tem de atribuir a este processo carácter de urgência”, defende o autarca.
O presidente da Câmara até vai mais longe ao lembrar uma solução provisória em que a autarquia se tem empenhado desde 2016. “Não se compreende por que é que o destacamento de Grândola não foi já deslocado para as instalações da IP junto ao IC1 – que estão desocupadas e que garantiam condições de trabalho aos militares –, até se encontrar uma solução definitiva.”
Em 2020, o município assinou um protocolo de colaboração para a requalificação do actual quartel. Só que o processo voltaria à estaca zero. “Após a realização de trabalhos iniciais de projecto (custeados pela autarquia), foi indicado que se deveria alterar os planos e avançar com uma construção de raiz. A Câmara disponibilizou-se no imediato para a cedência de terreno e colaboração em todo o procedimento de projecto e construção, contudo, em Maio do presente ano, o ministério informou a autarquia que deveria suspender todos as diligências que estavam em curso”, recorda a edilidade, a concluir.