Governo aprova Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais

Governo aprova Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais

Governo aprova Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais

Fotografia de Alex Gaspar

Combate a incêndios vai interligar câmaras, bombeiros e empresas. Navigator foi convidada a participar na protecção da floresta

 

O Governo aprovou o Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais (PNGIFR), que tem como objectivo principal a redução para metade da ardida até 2030. A Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF) vai agora elaborar os programas de acção nacional e regionais, “uma vez que cada região vai ter um programa próprio consoante a especificidade do território”, segundo avança a agência Lusa.
Nestes programas também vão ficar clarificados os papéis e as responsabilidades das autarquias e unidades e protecção civil, corporações de bombeiros e sociedade civil, como empresas e associações locais.

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A consulta pública sobre o Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais terminou em Fevereiro e na época, durante a 66ª sessão de esclarecimento do plano que decorreu no Instituto Politécnico de Setúbal, aliás uma das últimas sessões promovidas pela AGIF, autarquias da península, unidades de protecção civil e corporações de bombeiros, assumiram-se preocupadas com as responsabilidades incutidas às autarquias e com o facto de zonas protegidas não terem planos de pormenor delineados.

Durante a apresentação do PNGIFR, Paulo Lamego, comandante da companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, chegou mesmo a considerar “preocupante”, o facto de uma área como a Arrábida, não ter um plano de pormenor, “uma vez que as zonas protegidas não podem estar sujeitas a um plano geral, tendo em conta que a actuação numa floresta o norte do país será diferente da actuação no sul do país”.

O comandante dos Sapadores alertou ainda para o facto deste plano colocar os recursos disponíveis na Câmara de Setúbal sob demasiada pressão, “quando esta já suporta 7 dos 10 milhões aplicados anualmente nas corporações de bombeiros do concelho”.

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Envolvimento da sociedade civil

Na apresentação do plano, Pedro Carrilho, chefe do Núcleo Sub-Regional Área Metropolitana de Lisboa e Alentejo Litoral da AGIF, referiu que, para além das autarquias, o novo plano vai envolver outros parceiros e, em Setúbal, “o convite foi lançado convite à NAVIGATOR – About the Future, para que contribua na defesa daquilo que também é um activo seu – a floresta”, explica Pedro Carrilho. “Desafiamos também a Agência de Energia e Ambiente da Arrábida a participar neste plano, porque só assim poderemos chegar às estratégias de pormenor necessárias para todas as regiões”.

Com um horizonte temporal de uma década, o Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais prevê que em 2030 tenham sido limpos 1,2 milhões de hectares de floresta, correspondentes a 20% dos seis milhões de hectares que existem no território com risco de incêndio.

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As metas a atingir preveem ainda que, dentro de 10 anos, as áreas ardidas com mais de 500 hectares estejam totalmente geridas e com planos de recuperação executados, e que existam menos de 80% das ignições nos dias de risco de incêndio.
Para a concretização do PNGIFR está prevista uma despesa total superior a 6 mil milhões de euros, com um investimento expectável de 60% a ser direccionado para a prevenção e 40% para o combate.

PSD denuncia falta de meios aéreos no combate a incêndios

A aprovação do PNGIFR surge ao mesmo tempo que o PSD questiona o Governo relativamente ao nível II do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), alegando que está a acontecer uma “grave violação do planeamento anunciado”, devido à falta de meios aéreos disponíveis em Setúbal, Beja, Portalegre e Braga.
Pelas contas do PSD, no distrito de Setúbal, estão “a faltar”, pelo menos, os meios aéreos para o concelho de Grândola. Meios de coordenação que, de acordo com os sociais-democratas, “já deveriam estar no terreno”.

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