Município quer renovar casas de apoio com escuteiros no antigo Parque Aventura
Bruno Vitorino, vereador da Câmara do Barreiro responsável pela divisão de Sustentabilidade Ambiental e Eficiência Energética, acredita que este ano será possível “recuperar algum do edificado” existente na Mata da Machada, como a Casa do Guarda florestal, para “proporcionar aos fins-de-semana actividades de educação” dirigidas a toda a família, que possibilitem a pernoita naquela área verde do concelho.
“Estamos também, em conjunto com os agrupamentos de escuteiros, a delimitar e a recuperar uma zona que servirá para os seus acampamentos e actividades no antigo Parque Aventura”, afirma, através da renovação das casas de apoio ali situadas. O autarca adianta que “apesar de estamos há quase um ano com grandes constrangimentos devido à Covid-19, nunca deixámos de trabalhar no melhoramento da Mata da Machada, dando seguimento ao que consta no Plano de Acção”, realça, lembrando que aquele documento é uma ferramenta “que permite compatibilizar diferentes interesses existentes” naquele espaço natural do município.
Recorde-se que a criação do referido plano para a Reserva Natural Local do Sapal do Rio Coina e da Mata da Machada, que corresponde a 20% do território, surgiu da “vontade de melhorar, preservar e criar condições para que os valores naturais sejam salvaguardados”, com a promoção de todas as condições para os milhares de visitantes que, habitualmente, se deslocam àquela área.
O vereador adianta que está ainda prevista “a requalificação do parque de estacionamento, permitindo um ordenamento deste espaço”, para dar maior comodidade e conforto à população. Projectos que, na sua perspectiva, permitirão tornar a Mata da Machada num local “mais atractivo e funcional”, mantendo o equilíbrio entre a biodiversidade existente e a sua utilização por todos os que procuram aquele ponto natural do concelho.
Novas valências suprimem lacunas existentes
De acordo com o Plano de Acção apresentado, a recuperação do edificado e das estruturas já existentes “é fundamental para desenvolver novas valências e permitir suprimir algumas lacunas”, tais como a inexistência de uma zona de acantonamento destinada a escuteiros, casas-de-banho de acesso público, além de outras infraestruturas de saneamento.
A intervenção passa ainda pela recuperação e revitalização dos antigos viveiros, pelo apoio à apicultura e à produção de alimentos locais.
Até ao final deste ano, para combater o estado de degradação daqueles edifícios, a autarquia barreirense tem como meta a realização de estudos prévios, a nível arquitectónico e de especialidades, para avançar com este projecto e com as obras previstas.
Relativamente às estruturas de visitação, também os caminhos e trilhos ali existentes serão reforçados até ao final do primeiro trimestre de 2022, para permitir “uma utilização não motorizada mais rica, por áreas hoje inacessíveis”, sendo associadas a um observatório de aves no sapal do Coina, que possibilitarão a realização de um longo percurso na área da ribeira do Vale de Zebro.