A partir de hoje e “durante quatro dias pelo menos”, a Soflusa, empresa responsável pela ligação fluvial entre o Barreiro e Lisboa, vai funcionar apenas com quatro navios, “quando devia ter seis em operação”, alertou a Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
Acrescentando que, devido a esta situação, “os problemas para os utentes nos próximos dias vão ser ainda maiores e mais trabalhadores vão ficar parados, porque a maioria da frota está imobilizada”.
Na semana passada, a Soflusa já tinha anunciado que não ia conseguir assegurar a totalidade das carreiras entre os dias 9 e 13 de Outubro, por “indisponibilidade da frota”.
A empresa mencionou que estava a desenvolver “todos os esforços para repor a normalidade das carreiras, aguardando que o navio ‘Damião de Góis’ regressasse do estaleiro e retomasse o serviço público”, uma situação que não se chegou a verificar.
Para a Fectrans, “este é o resultado de um plano que ao longo de muitos anos esteve em desenvolvimento pelos anteriores governos e administrações, que trabalharam para a privatização deste sector, situação que o actual governo herdou, mas que pouco tem feito para resolver”.
“Falar num investimento para o futuro, sem cuidar do presente é sinónimo de manter uma situação de degradação como acontece hoje nas empresas de tráfego fluvial no Tejo, que se depararam com uma imobilização de cerca de metade da frota”, conclui a Federação.