PSD teme habitação a custos controlados e opõe-se a construção de superfície comercial

PSD teme habitação a custos controlados e opõe-se a construção de superfície comercial

PSD teme habitação a custos controlados e opõe-se a construção de superfície comercial

Social-democratas marcam posição sobre projecto e deixam um conjunto de alertas à Câmara Municipal

A Comissão Política do Barreiro do PSD diz-se “frontalmente contra” a instalação de uma grande superfície comercial (retail) na Mata dos Loios. E manifesta preocupação pela construção de habitação a custos controlados, também prevista para a Quinta dos Fidalguinhos, no âmbito do mesmo projecto. A posição foi assumida publicamente esta segunda-feira em comunicado pelos social-democratas.

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No documento, a estrutura local do PSD lembra que defende as medidas que visam dar resposta à falta de habitação e ao aumento dos preços do mercado, mas admite apreensão sobre o projecto de construção para a Quinta dos Fidalguinhos.

“O aumento da pressão demográfica numa zona já por si densamente povoada é um problema claramente identificado por nós, pelo que quaisquer projectos de construção na Quinta dos Fidalguinhos devem garantir a melhoria significativa dos acessos rodoviários ao IC21 e às freguesias limítrofes, impedindo o agravamento das condições do trânsito na urbanização, que são já hoje caóticas nos horários de maior número de saídas e entradas de pessoas e que serão ainda mais aquando da construção da piscina e do Centro de Saúde”, considera o PSD, ao mesmo tempo que defende que a construção deve ser isenta de eventuais impactos negativos junto dos actuais moradores.

Os social-democratas consideram que o aumento da população residente deve “ser acompanhado de um aumento dos equipamentos e infra-estruturas”, como parques infantis e equipamentos desportivos, entre outros, e alertam para um expectável “peso adicional à já catastrófica situação da recolha dos resíduos sólidos urbanos”.

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Razões da nega ao retail
Quanto ao retail previsto, o PSD opõe-se frontalmente à construção. “A implantação de uma grande superfície comercial numa zona residencial com dinâmicas próprias ao nível do comércio local, tal como aconteceu com a instalação do Fórum Barreiro, poderá provocar o desaparecimento dos espaços comerciais actualmente existentes e que são o coração da urbanização”, começa por apontar a estrutura social-democrata, que enumera outras razões para justificar a posição.

A instalação do retail naquele local “provocará uma diminuição significativa da qualidade de vida dos moradores, tendo em conta o acréscimo do ruído, dos resíduos e do movimento de pessoas”, por um lado, e, por outro, o aumento de trânsito “será incomportável numa zona que tem hoje apenas duas entradas e duas saídas que a ligam ao restante território do concelho”.

“As experiências da mesma categoria noutros sítios, deixam-nos reticentes quanto aos horários praticados e o movimento de pessoas em zonas residenciais em horários nocturnos”, adiantam os social-democratas, que dão como exemplos para essa possibilidade a “existência de cinemas ou zonas de restauração” ou até de “ginásio” nos “horários de maior tráfego”.

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Além disso, consideram que “a construção de vários edifícios comerciais de grandes dimensões na área para a qual está previsto o projecto resultará na completa destruição de um espaço que apresenta todas as características para ser um novo espaço verde de excelência na cidade”.

A terminar, a estrutura social-democrata reitera a proposta que apresentou em 2021 para “utilização dos terrenos da Mata dos Loios para construção do Parque Urbano da Quinta dos Fidalguinhos”, de forma a criar “uma nova centralidade na cidade” e “um contínuo verde integrado com a urbanização, o polidesportivo e as futuras piscinas”.

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