Bruno Vitorino afirma que partido quer “políticas diferentes”, enquanto PS e PCP estão num “namoro para criarem uma geringonça local”
A candidatura do PSD ao Barreiro, ‘Dar futuro ao Barreiro’, apresentou o programa eleitoral com que pretende “mudar efectivamente o concelho”, com o cabeça-de-lista, Bruno Vitorino, a afirmar que o PSD é a única força que pode mudar o Barreiro nestas eleições.
“Enquanto assistimos a um namoro entre o PCP e o PS, numa lógica da criação de uma geringonça local – isso foi assumido já pelos dirigentes do PS local – nós queremos políticas diferentes, como estas propostas concretas que hoje apresentámos nas diferentes áreas, para mudar efectivamente a nossa terra”, disse Bruno Vitorino no auditório do Museu Industrial do Barreiro, onde decorreu a apresentação do programa eleitoral, no Sábado.
O documento, de 80 páginas, apresenta propostas nas mais diversas áreas, das finanças locais à modernização tecnológica, passando pela segurança pública, reabilitação urbana, economia e emprego, apoio social ou mobilidade.
A criação da polícia municipal, videovigilância em locais “mais problemáticos”, reforço da limpeza urbana, criar uma equipa de limpeza de grafittis, estratégia para atrair turismo de um dia vindo de Lisboa ou criar a InvestBarreiro, uma agência local de desenvolvimento, são algumas das dezenas de propostas que constam do documento e que podem ser consultadas na página de Facebook da candidatura.
Muitas destas ideias foram explicadas por alguns dos directamente envolvidos na elaboração do documento, como Mónica Ferreira, mandatária política, Tiago Sousa Santos, presidente da JSD/Barreiro, José Paulo Rodrigues, independente que é número dois na lista à Câmara Municipal, Rogério da Ponte, independente candidato à Assembleia Municipal, Pedro Martins e Eduardo Correia, também candidatos, num longo desfile de intervenções.
Vítor Castro Nunes, cabeça-de-lista à Assembleia Municipal, acabou por afirmar que o PSD é a “única candidatura que apresenta um programa com cabeça, tronco e membros.
O último a falar foi Bruno Vitorino. O candidato a presidente da Câmara defendeu que a candidatura social-democrata é diferente.
“Nós temos uma diferença em relação aos outros partidos; temos conteúdo, apresentamos um programa que é para o Barreiro – não é um programa que possa ser apresentado em Freixo de Espada-à-Cinta ou em Vila Real de Santo António –, para o nosso concelho, pensado e trabalhado por um conjunto de pessoas das diferentes áreas, que conhecem a realidade”, disse.
“Temos apresentado um conjunto de propostas, ao longo do mandato, por exemplo, a redução do IMI ou a criação do IMI familiar, que foram sistematicamente chumbadas pelo partidos comunista e socialista que pensam da mesma maneira em relação a esta área. Apresentámos propostas na área da segurança, para a criação da polícia municipal, aumento de efectivos e criação de videovigilância em pontos mais problemáticos onde os índices de criminalidade dizem claramente que é necessário fazer algo. Eles negam sistematicamente a realidade, dizem que cidade é segura e chumbam sistematicamente, quer PCP quer PS, as nossas propostas.”, acrescentou.
Bruno Vitorino afirma ainda que o PSD tem “diferenças substanciais” em relação a comunistas e socialistas “que são quem está no poder há muitos anos e também que já esteve no poder”, dizendo que “é preciso lembrar que o PS já teve uma oportunidade, já esteve a gerir os destinos da autarquia e não fez melhor, em muitas áreas até foi pior do que o PCP, como no aspecto financeiro, em que deixou a Câmara mais endividada do que está hoje”.
“O resultado da gestão PS foram mais 12 anos de gestão do PCP e é isto que nós não queremos”, conclui o candidato do PSD, sustentando que a sua candidatura tem “um projecto de mudança” para o concelho.