Protesto contra estacionamento pago junta uma centena de pessoas no Barreiro

Protesto contra estacionamento pago junta uma centena de pessoas no Barreiro

Protesto contra estacionamento pago junta uma centena de pessoas no Barreiro

Centro Hospitalar Barreiro Montijo garante que decisão é “irreversível”. Para além da população, a vigília contou com a presença de comissões de utentes do distrito

 

Cerca de cem pessoas reuniram-se em vigília junto à entrada do Hospital Nossa senhora do Rosário, no Barreiro, para contestar o estacionamento pago que a direcção do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) decidiu adoptar no campus, após a conclusão das obras de requalificação.

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A vigília que decorreu sexta-feira contou a presença de vários representantes de comissões de utentes da região, que após esta medida começar a ser adoptada me outros equipamentos da saúde, como em Setúbal, no Hospital de São Bernardo, esperam agora conseguir mudar o curso da decisão no Barreiro.

Jéssica Pereira, membro da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro, contesta que esta seja uma “realidade irreversível”, conforme defendeu o actual Conselho de Administração do CHBM, durante uma reunião realizada em Novembro, justificando a medida “com frases falaciosas, que conseguimos desconstruir logo no momento”, tais como o facto de muitos trabalhadores não quererem utilizar o parqueamento por “falta de segurança” ou a existência de várias carreiras de transportes públicos a operarem junto ao hospital.
A representante desta comissão deixa também claro que 90% dos habitantes do concelho “desconhecem que o parque vai passar a ser pago”, não sendo os valores a praticar ainda conhecidos.

Para Jéssica Pereira, a solução não deve passar por estacionamento pago, “uma vez que a zona circundante já está bastante lotada pelos moradores” e defendendo mesmo que “isto não faz sentido, porque o Sistema Nacional de Saúde fundou-se gratuito e universal, e perante esta situação estamos a retroceder”.

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Para além desta vigília, a comissão deve avançar em breve com reuniões direccionadas para população de todo o concelho, tendo em conta que “a desinformação é aliada deste tipo de medidas e quando as pessoas não sabem, também não protestam”, afirma Jéssica Pereira.

“Esperamos que o presidente esteja do lado da população nesta luta”

Na perspectiva da comissão de utentes, a “câmara municipal tem que dar aval para que as obras sejam feitas e também é parte integrante na forma como as obras são feitas”, afirma Jéssica Pereira, recordando que, “em Julho o presidente [da Câmara Municipal do Barreiro], Frederico Rosa era tendencialmente contra e afirmou que ainda estava a recolher informação sobre o assunto. Esperamos agora que esteja do lado da população do Barreiro nesta luta”, conclui.

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Para além de reuniões com a população e novas vigílias, fica ainda no planos da comissão de utentes a intenção de continuar a marcar presença em futuras sessões públicas da Câmara Municipal.

A vigília contou ainda com a presença de Patrícia Teixeira, da União de Sindicatos de Setúbal, que defendeu que “deve ser garantido o estacionamento aos profissionais e utentes sem qualquer restrição”, realçando que cabe ao centro hospitalar “garantir as condições de trabalho e segurança dos trabalhadores, nomeadamente, o livre acesso ao seu local de trabalho”.

Por Luís Geirinhas

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