27 Junho 2024, Quinta-feira

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Maioria PS em contra-relógio para evitar que Barreiro perca novo centro de saúde

Maioria PS em contra-relógio para evitar que Barreiro perca novo centro de saúde

Maioria PS em contra-relógio para evitar que Barreiro perca novo centro de saúde

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Oposição recusa construção nos Fidalguinhos e obriga à procura de terreno alternativo. Localização junto ao hospital acabou inviabilizada pela construção do Aldi, garante Frederico Rosa. Prazo para entrega de candidatura a fundos europeus termina já em Abril

 

A maioria socialista da Câmara Municipal do Barreiro luta contra o tempo para encontrar um terreno onde possa ser construído um novo centro de saúde, depois de a oposição (CDU e PSD) ter recusado a localização na Quinta dos Fidalguinhos. A autarquia tem até Abril próximo para poder apresentar uma candidatura a um financiamento de 50%, no âmbito da reprogramação do Portugal 2020, que permita a construção do equipamento, suportando apenas a outra metade do investimento. A determinação em consegui-lo, garante Frederico Rosa, “é quase férrea”, tendo em conta que existem cerca de 17 mil barreirenses sem médico de família.

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“No Barreiro não há muitas alternativas disponíveis, porque temos uma grande quantidade de terrenos que estão sob a servidão da terceira travessia sobre o Tejo. Identificámos o espaço nos Fidalguinhos, que é um terreno que cumpre os preceitos e está validado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT). Em reunião de câmara ficou claro que quer o PSD quer a CDU recusam o centro de saúde naquela zona”, lamenta o presidente da Câmara, lembrando que o terreno ao lado do Aldi “não tem a área necessária” para o efeito. A construção da referida superfície comercial, junto ao Hospital N. Sra. do Rosário, acabou por “inviabilizar” a edificação da unidade de saúde.

“Sabendo que há recusa para fazer a construção nos Fidalguinhos, que é um terreno que está validado pelas entidades competentes, e sabendo ainda que o terreno em frente ao hospital está inviabilizado pela construção do Aldi, então temos de procurar outro terreno para que, de forma consensual, possamos construir o centro de saúde. E já estamos a fazê-lo”, admite o socialista, que deixa um alerta: “Estamos em contra-relógio. O que temos levado à Câmara é a autorização para poder fazer uma candidatura. Quando temos dois partidos com assento no executivo que recusam a localização nos Fidalguinhos, sabendo que a outra está inviabilizada, então estamos a trabalhar arduamente para fazer disto uma realidade. Mas o tempo corre contra nós. Estes concursos têm prazos. Esgotando-se o concurso, bem podemos arranjar uma solução perfeita que já não iremos a tempo.”

Frederico Rosa vai mais longe e revela a “verdadeira questão” que, defende, deve ser equacionada: “Queremos agarrar esta oportunidade, fruto da reprogramação dos fundos europeus, para resolver um problema do Barreiro? O centro de saúde nos Fidalguinhos não é para servir as populações de um bairro ou outro, é para servir a população do Barreiro.”

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O autarca reforça que a Câmara “tem autorização para fazer a candidatura” e que um novo centro de saúde nos Fidalguinhos não vale só por si mas também “pela pressão que pode retirar do Centro de Saúde da Quinta da Lomba”, que está “completamente” saturado. “Ganharíamos um centro de saúde e meio. Parece-me que não faz sentido insistir no terreno ao lado do Aldi quando este não tem a dimensão suficiente”, rematou.

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