27 Junho 2024, Quinta-feira

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Hêrnani Bento: O hacker bom, disposto a combater a actividade maliciosa no digital

Hêrnani Bento: O hacker bom, disposto a combater a actividade maliciosa no digital

Hêrnani Bento: O hacker bom, disposto a combater a actividade maliciosa no digital

Jovem barreirense aposta numa carreira de combate ao cibercrime. A empresa do Facebook já reparou nas suas capacidades

 

Hernâni José Furtado Bento, estudante da licenciatura de Engenharia Informática na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Piaget de Almada, foi um dos 200 jovens seleccionados no continente europeu pela Meta (ex-Facebook) para um grande evento e concurso internacional sobre cibersegurança.

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Com apenas 22 anos, é já um especialista em temas de hacking e segurança informática. Começou o percurso académico, no Piaget, por um curso técnico superior profissional (CTEsP) em Cibersegurança, Redes e Sistemas Informáticos, e só depois ingressou na
licenciatura.

Nasceu no dia 02 de Abril de 2000, no Barreiro, e tem vivido sempre neste concelho e na mesma localidade, em Vila Chã, com a família. Tem um irmão mais velho, a mãe é administrativa num escritório de advogados e o pai administrador de obra.

Agora que já conhece um pouco mais, do país e do mundo, continua a gostar de estar na sua terra. “A Margem Sul é uma zona óptima para viver. O Barreiro é tranquilo, tem todos os acessos e até um operador de transportes próprio e está muito próximo de Lisboa.”, explica.

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Na primária já tinha curiosidade, gostava de entender tudo. “Na minha área é muito importante ser curioso, querer saber como as coisas funcionam.”, refere. Católico, fez a primeira comunhão logo em pequeno.

Na infância brincava muito na rua, mas depois, na adolescência, passou a agarrar-se às tecnologias. “Sempre me disseram que ‘é o futuro’ e, entretanto, despertou um bichinho dentro de mim”, diz. Durante a adolescência praticava futsal, em vila Chã. “Hoje é mais ginásio, ler, conviver com os amigos e jogar videojogos”.

Na primária era um aluno médio, que “estudava apenas na véspera” dos testes.

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No secundário já foi um pouco diferente. “Não diria acima da média, mas melhor do que na primária, e, no ensino superior é que surgiram as boas notas. Foi quando descobri a minha área, que é a Cibersegurança.”, conta Hernâni.

Escolheu o Instituto Piaget porque “é uma das poucas escolas do país que tem Cibersegurança” e tem-se especializado em hacking, que pode traduzir basicamente como “combate” aos hackers “maus”. Um dos trabalhos académicos que o tornou conhecido dos responsáveis pelo instituto foi hackear (encontrar vulnerabilidades) no sistema da escola.

“O director de cibersegurança da EDP depois contactou comigo e fiz o estágio na equipa de segurança da EDP” relata.

Seguiu-se o convite para o primeiro encontro internacional organizado pela Meta, a empresa dona da rede social Facebook, sobre hacking, em Madrid, de 28 de Abril a 2 de Maio deste ano.

“A Meta contactou-me, fiz uma prova de seis horas, e seleccionaram-me. Fiquei muito contente, porque é uma das cinco maiores empresas do mundo e só o saberem que eu existo, é muito bom”.

A equipa em que Hernâni Bento participou fi cou em sexto lugar no concurso que a Meta organizou para essa conferência.

Embora se encontre ainda a concluir a licenciatura em Engenharia Informática, o jovem barreirense já está aberto e atento a alguma oportunidade profissional que possa surgir. Mas, pelo menos por enquanto, só está interessado se for em Portugal.

Até agora só apareceram convites para fora do país, que não aproveitou porque pretende primeiro concluir a licenciatura. “A Meta ofereceu-me um estágio em Inglaterra, que não aceitei por causa dos estudos”.

Mais tarde, não coloca de parte a hipótese de trabalhar no estrangeiro, mas gostava de começar em Portugal, até porque “gostava de ajudar ao crescimento da cibersegurança no nosso país”.

Não tem dúvidas de que se trata de uma das áreas do futuro porque “onde existe negócio existe tecnologia e onde existe tecnologia existem vulnerabilidades” e essas vulnerabilidades podem ser atacadas. No entender de Hernâni, “os ataques, que são cada vez mais frequentes, devem-se muito à falta de sensibilização”. Considera, por isso, que “é preciso sensibilizar os responsáveis e colaboradores das empresas” para a importância da segurança informática.

O jovem avisa que “é mais fácil atacar as organizações através das pessoas, porque as pessoas cometem mais erros”.

“E sensibilizar os jovens para não atacarem?”, perguntamos. “Isso é mais difícil, é como tentar sensibilizar terroristas, porque há muitas motivações económicas, e ambição de notoriedade”, responde.

 

Hernâni Bento à queima-roupa

Idade: 22 anos

Naturalidade: Barreiro

Residência: Barreiro

Área: Engenharia Informática

Gostava de ajudar ao crescimento do sector da cibersegurança em Portugal

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