20 Maio 2024, Segunda-feira

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Exposição no hospital assinala Dia da Mulher com alerta para a violência doméstica

Exposição no hospital assinala Dia da Mulher com alerta para a violência doméstica

Exposição no hospital assinala Dia da Mulher com alerta para a violência doméstica

Entidades de saúde dos concelhos de Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete registaram 199 casos em 2023. Mostra apresenta ainda dados à escala global

 

Em 2023 foram atendidas 199 vítimas de violência doméstica na Unidade de Saúde Local do Arco Ribeirinho (ULSAR), modelo que assegura desde Janeiro a gestão integrada das respostas hospitalares e de cuidados de saúde primários dos concelhos de Barreiro, Montijo, Alcochete e Moita. Este e outros dados estatísticos integram uma exposição sobre a temática, que a Equipa para a Prevenção da Violência em Adultos da ULSAR preparou para assinalar, no hospital do Barreiro, o Dia Internacional da Mulher (8 de Março). Até porque, justifica a ULSAR, este tipo de crime público “atinge ainda maioritariamente mulheres”.

A mostra apresenta, no entanto, números que vão para lá dos registados pelas entidades de saúde do Arco Ribeirinho, ultrapassando fronteiras. “Nesta exposição pode saber quais os tipos de violência que existem e um pouco mais sobre a realidade desta temática em Portugal e no Mundo. A título de exemplo, no nosso país, em 2023, 17 mulheres foram assassinadas pelos maridos ou companheiros e, por dia, 83 mulheres foram vítimas de violência doméstica. Cerca de 15% do total de mulheres observadas nos serviços de urgências vivem uma relação de maus-tratos”, alerta a ULSAR, que avança ter registado no último ano “199 casos de violência doméstica”, dos quais “169” tinham mulheres como vítimas.

A Equipa para a Prevenção da Violência em Adultos (EPVA) da ULSAR lembra ter como objectivo “informar a população, bem como sensibilizar os profissionais de saúde para a igualdade de género e para a prevenção da violência ao longo do ciclo de vida”. E deixa alguns conselhos para as vítimas. “Recorra ao hospital mesmo sem sinais externos de violência, pois vão dar-lhe todo o apoio necessário; apresente queixa junto das forças de segurança (PSP ou GNR) ou Ministério Público; conte a familiares ou amigos, não fique em silêncio; tenha preparada uma pequena mala ou saco (com roupa, documentos e medicamentos essenciais), caso tenha de sair de casa numa situação de emergência; tenha sempre um telemóvel consigo, caso precise de telefonar a alguém.”

A EPVA faz notar, a concluir, que “presta também apoio de consultadoria aos profissionais e equipas de saúde, no que respeita à sinalização, acompanhamento ou encaminhamento dos casos que surgem”.

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